TRÉPLICA – Ex-funcionária da Associação Aurineth Alves rebate fala do vereador Frank Alves: “Nunca recebemos nem um salário mínimo”


A polêmica em torno da interrupção dos atendimentos a crianças com autismo na Associação Aurineth Alves, em Campina Grande, ganhou um novo desdobramento nesta sexta-feira (5). Após o vereador Frank Alves negar as denúncias de suspensão e garantir o retorno das atividades no próximo dia 7 de julho, a terapeuta Maria Eduarda, ex-funcionária da associação, decidiu se pronunciar publicamente e contestar a versão apresentada pelo parlamentar.

Em declaração feita por meio das redes sociais, Maria Eduarda afirma que trabalhou na instituição e que a realidade enfrentada por profissionais e famílias é diferente do que foi divulgado por Frank. “Nunca recebemos nem um salário mínimo”, afirma terapeuta

A ex-colaboradora relatou que os profissionais não estavam exigindo valores altos, como foi sugerido pelo vereador, mas sim o pagamento de um salário mínimo, que, segundo ela, nunca foi integralmente cumprido. “Agora quer vir falar que os profissionais estavam estipulando valores absurdos, quando na verdade estávamos cobrando apenas um salário mínimo. Nunca recebi nem sequer isso”, disse.

Ela também afirmou que as terapias já estavam paralisadas antes mesmo do recesso de São João, alegando que a falta de profissionais se devia justamente à ausência de pagamento e de compromisso com os acordos trabalhistas.

Outro ponto contestado por Maria Eduarda foi a justificativa de Frank Alves sobre o recesso da instituição, atribuído à perda de um bebê por parte de uma coordenadora. Segundo a terapeuta, os atendimentos continuaram mesmo diante da situação delicada da gestora, e a paralisação dos serviços terapêuticos foi motivada por outros fatores. “Usou até mesmo a perda da gestora como desculpa para o recesso, sendo que, apesar das circunstâncias da Dra. Psicanalista, os atendimentos deram continuidade”, afirmou.

A ex-funcionária criticou o que classificou como “uso político” da causa autista e afirmou que Frank Alves desrespeita as mães que lutam diariamente pelos direitos dos filhos. “Sei a luta de cada mãe com seus filhos, acompanho de perto. Ver esse vereador usar a causa delas para cativá-las e agora desprezá-las, isso é desumano!”, declarou Maria Eduarda.

Ela também acusou o parlamentar de “usar o nome de Deus para justificar atitudes incoerentes” e concluiu: “Deus está tirando sua máscara e a justiça está prevalecendo.”

Postar um comentário

0 Comentários