A decisão foi tomada após votação expressiva da categoria, que seguiu a avaliação do Comando de Greve. Ao todo foram 85 votos favoráveis, 36 contrários e nove abstenções.
A antecipação da assembleia, aprovada previamente por 75% do comando, foi decisiva para agilizar a resolução do impasse.
Os termos do acordo
Com o fim da greve, prevalecem os termos da contraproposta apresentada pelo Executivo estadual na mesa de negociação tripartite do último dia 02. O acordo prevê a manutenção do percentual de deságio em 40% sobre o valor retroativo das progressões, com o pagamento feito em 20 parcelas com os repasses iniciando a partir de janeiro de 2026.
A proposta original da ADUEPB (Associação dos Docentes) reivindicava a isenção do deságio e um parcelamento menor (12 vezes), mas a categoria optou por garantir o acordo atual e retomar as atividades.
Mesa Permanente e novas pautas
Apesar do fim da greve, a mobilização continua em outras frentes. Ficou garantida a instalação formal de uma “Mesa Permanente de Negociação”. Este grupo de trabalho terá a missão de dar continuidade às discussões sobre temas cruciais que não se esgotam com o retorno às aulas, como:
Atualização do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR);
Melhorias na infraestrutura dos campi;
Revisão da Lei de Autonomia da UEPB;
Realização de novos concursos para docentes;
Questões previdenciárias.
A Comissão de Negociação reforçou a exigência de que esta Mesa Permanente inclua, com assento oficial, representações do corpo discente e dos técnicos-administrativos, garantindo que a gestão da universidade se mantenha inclusiva e atenta às demandas de todos os setores.
Iniciada em 22 de setembro, a greve reivindicava a reposição de perdas salariais de 22,97% (acumuladas em quatro anos) e a recomposição do orçamento da universidade para o próximo ano
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