FIM DA GREVE: Professores da UEPB aceitam proposta do Governo e decidem encerrar paralisação


A greve dos docentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) chegou ao fim. Em assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (05), no Auditório do Curso de Psicologia (Campus I), a categoria avaliou a última contraproposta apresentada pelo Governo do Estado e decidiu pelo encerramento da paralisação, que já durava mais de dois meses.

A decisão foi tomada após votação expressiva da categoria, que seguiu a avaliação do Comando de Greve. Ao todo foram 85 votos favoráveis, 36 contrários e nove abstenções.

A antecipação da assembleia, aprovada previamente por 75% do comando, foi decisiva para agilizar a resolução do impasse.

Os termos do acordo

Com o fim da greve, prevalecem os termos da contraproposta apresentada pelo Executivo estadual na mesa de negociação tripartite do último dia 02. O acordo prevê a manutenção do percentual de deságio em 40% sobre o valor retroativo das progressões, com o pagamento feito em 20 parcelas com os repasses iniciando a partir de janeiro de 2026.

A proposta original da ADUEPB (Associação dos Docentes) reivindicava a isenção do deságio e um parcelamento menor (12 vezes), mas a categoria optou por garantir o acordo atual e retomar as atividades.

Mesa Permanente e novas pautas

Apesar do fim da greve, a mobilização continua em outras frentes. Ficou garantida a instalação formal de uma “Mesa Permanente de Negociação”. Este grupo de trabalho terá a missão de dar continuidade às discussões sobre temas cruciais que não se esgotam com o retorno às aulas, como:

Atualização do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR);

Melhorias na infraestrutura dos campi;

Revisão da Lei de Autonomia da UEPB;

Realização de novos concursos para docentes;

Questões previdenciárias.

A Comissão de Negociação reforçou a exigência de que esta Mesa Permanente inclua, com assento oficial, representações do corpo discente e dos técnicos-administrativos, garantindo que a gestão da universidade se mantenha inclusiva e atenta às demandas de todos os setores.

Iniciada em 22 de setembro, a greve reivindicava a reposição de perdas salariais de 22,97% (acumuladas em quatro anos) e a recomposição do orçamento da universidade para o próximo ano



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