Durante seu depoimento, Fabrícia declarou que ela e o marido foram alvo de forte desgaste público antes mesmo de concluídas as apurações. Segundo ela, a repercussão do caso nas redes sociais e na imprensa provocou um cenário de “julgamento antecipado”.
“Antes de ouvirem a gente, já existia uma condenação social. Tudo tomou uma proporção midiática e nós passamos a receber ameaças”, relatou.
Apesar das alegações de Fabrícia, o casal já foi condenado pela Justiça Federal em primeira instância. Antônio Neto recebeu pena de 88 anos e 7 meses de prisão, enquanto Fabrícia foi sentenciada a 61 anos e 11 meses. Ambos recorreram das decisões. Paralelamente, há diversas determinações judiciais que obrigam os dois a ressarcir prejuízos causados a centenas de investidores.
Antônio e Fabrícia deixaram o Brasil após o colapso da Braiscompany e após a deflagração de operações policiais contra o grupo. Eles foram detidos na Argentina em fevereiro de 2024 e permanecem em prisão domiciliar desde então. Nesta semana, a Justiça argentina autorizou a extradição do casal, embora ainda exista possibilidade de recurso.
O casal vive no país vizinho com os três filhos, incluindo um bebê nascido em território argentino. Tanto eles quanto seus advogados afirmam que são inocentes e demonstram preocupação com eventuais riscos caso retornem ao Brasil para o cumprimento das penas.
Hora Agora – Redação


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