O Governo da Paraíba firmou contrato no valor de R$ 117 milhões com a empresa Solserv, alvo de investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por supostas irregularidades em licitações. A contratação faz parte de um processo mais amplo que envolve mais de R$ 450 milhões para terceirização de serviços na área da Educação, com a previsão de cerca de 10 mil prestadores.
A operação “Firenzi”, deflagrada nesta quinta-feira (5), cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa, em Timbaúba (PE), e em outras unidades do grupo. As investigações apuram suspeitas de fraude em contratos de terceirização de mão de obra que, somados, ultrapassam R$ 800 milhões. Segundo a PF, há indícios de atuação irregular envolvendo conluio com agentes públicos, uso indevido de benefícios fiscais e possível lavagem de dinheiro.
Mesmo com questionamentos levantados por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), o contrato foi mantido pelas secretarias estaduais de Administração e Educação. Os secretários responsáveis pelas pastas, Tibério Limeira (PSB) e Wilson Filho (Republicanos), foram citados por estarem à frente dos processos de licitação e formalização contratual. O caso segue sendo acompanhado por instituições de fiscalização, que já solicitaram informações sobre o procedimento adotado pelo governo.
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