Durante sessão na Câmara Municipal, o Vereador Wellington Cobra propôs, nesta quinta-feira, 22, que pessoas que utilizam bonecos "bebê reborn" como se fossem crianças reais para tratamentos em serviços públicos sejam avaliadas com sensibilidade e respeito, e, quando necessário, encaminhadas para consultas psiquiátricas, sem exposição ou constrangimento.
Segundo o parlamentar, o objetivo da proposta legislativa é equilibrar o bom funcionamento dos serviços públicos com a necessidade de atenção à saúde mental da população. Ele enfatizou que o simples ato de possuir ou cuidar de um bebê reborn não é, por si só, um problema. No entanto, a preocupação recai sobre situações em que indivíduos tentam obter atendimento em unidades hospitalares ou em outras repartições públicas como se estivessem acompanhados de uma criança real, quando, na verdade, trata-se de um boneco.
“O fato de ter o bebê reborn por si só não é uma problemática. Mas a nossa preocupação com o nosso projeto de lei é o fato de garantir e ter o cuidado com as pessoas que procuram uma unidade hospitalar, as pessoas que procuram atendimentos em repartições públicas e que fazem desse boneco sintético como se fosse uma criança de verdade”, disse o vereador.
O parlamentar defendeu que, nesses casos, a pessoa deve ser acolhida de forma respeitosa, sem escândalos ou julgamentos, e, se verificado que não há má-fé, mas sim um possível transtorno psicológico, que seja encaminhada com segurança para atendimento especializado.
“Essa pessoa precisa de cuidado, precisa de uma ajuda, ela precisa ser acolhida. E muitas vezes nós só enxergamos do ponto de vista da crítica, de dizer que é frescura, e por que não olharmos com sensibilidade?”, questionou.
Ele também alertou para o risco de tentativas de burlar o sistema por meio do uso dos bonecos, o que também deve ser avaliado. Ainda assim, reforçou que a prioridade é o cuidado com a saúde mental em um mundo onde esse aspecto tem sido cada vez mais fragilizado.
“É de grande importância esse cuidado. Essa fala serve para acender um alerta para todos nós, para toda a nossa sociedade, para quebrarmos tabus e não acharmos que é algo espiritual”, finalizou.
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