Padre Egídio, acusado de desviar mas de R$ 140 milhões do Padre Zé, vai ficar preso em casa após sair de hospital

Padre Egídio de Carvalho Neto, acusado de desviar aproximadamente R$ 140 milhões dos cofres do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), teve sua prisão na Penitência Especial do Valentina Figueiredo convertida em prisão domiciliar pelo juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa. A decisão, seguindo o parecer do Ministério Público da Paraíba (MPPB), foi anunciada nesta quinta-feira, 18.

O padre, atualmente hospitalizado na Unimed após uma cirurgia de apêndice, não retornará à prisão, mas aguardará o julgamento das acusações em sua residência, conforme solicitado por sua defesa. As investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) revelaram que Egídio adquiriu 29 imóveis, a maioria de luxo, e mantinha um estilo de vida extravagante, incluindo uma granja no Conde, repleta de obras sacras, vinhos refinados e animais de estimação valiosos.

A mudança no regime de prisão foi fundamentada no estado de saúde delicado do acusado, que se submeteu a uma cirurgia abdominal de emergência para a remoção de um tumor. O juiz considerou a condição de "debilitado por doença grave" como justificativa para a prisão domiciliar, impondo restrições como monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira e proibição de contato com pessoas não relacionadas à sua defesa ou familiares que residam com ele.

Egídio também está impedido de deixar sua residência sem autorização judicial, bem como de acessar ou frequentar a ASA e o Instituto São José, além de ser proibido de manter contato com colaboradores das respectivas instituições. Agora, o padre aguardará o desenrolar do processo em seu lar, enquanto o sistema judicial continua a lidar com as complexidades desse caso de grande repercussão na Paraíba.

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