Arte-educadores da Prefeitura de Campina Grande passam por qualificação para melhor atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista


Capacitação foi realizada através da Secretaria de Cultura, em parceria com o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau)

A inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é determinante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, sendo também uma das prioridades da Prefeitura de Campina Grande. Pensando em melhor atender esse público também no segmento da arte-educação, professores do Centro Cultural Lourdes Ramalho e da Estação Cidadania-Cultura, equipamentos geridos pela Secretaria de Cultura (Secult), passaram por uma capacitação nesse sentido. 

A oficina foi realizada em parceria com o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) e tomou por base o conceito de Ivar Lovaas - psicólogo, pesquisador e professor norueguês, reconhecido por ter sido um dos primeiros pesquisadores a buscar entender comportamentos de crianças autistas utilizando a Análise Comportamental Aplicada.

A capacitação foi ministrada pelo professor Antônio Gutemberg, que destacou a importância da oficina não apenas para garantir o melhor atendimento às pessoas autistas, mas também para o enriquecimento das experiências coletivas, promovendo o respeito e a compreensão mútua.

“Aplicamos o conceito de Ivar Lovaas, que diz ‘se eles não aprendem do jeito que a gente ensina, nós ensinamos do jeito que eles aprendem’. Deste modo, é de suma importância que a sociedade como um todo busque formas de compreender as barreiras que obstaculizam a participação das pessoas com autismo na sociedade. Neste cenário, tivemos como objetivo central nesta oficina construir conhecimentos sobre o outro, sobre a condição do outro, pois é uma tarefa indispensável no fazer educação, na construção das interações sociais, resultando na quebra de mitos, preconceitos e discriminações em relação ao TEA”, comentou Antônio Gutemberg.

A arte-educação é uma ferramenta poderosa para ajudar pessoas autistas a se expressarem e se conectarem com o mundo ao seu redor, e que tem sido desenvolvida no Centro Cultural Lourdes Ramalho e na Estação Cidadania-Cultura.

A professora de ballet da Estação Cidadania-Cultura, Otávia Ohana, comentou como a arte-educação pode ser um instrumento para que indivíduos autistas encontrem formas de comunicar suas emoções, pensamentos e experiências, muitas vezes difíceis de expressar verbalmente.

Ela salientou a importância da capacitação para aprimorar, ainda mais, o atendimento e o diálogo com pessoas com TEA.

“Foi um momento incrível e de extrema importância. Conversar, estudar, e capacitar sobre TEA é primordial para nós professores, pois é necessário não só a boa performance na aula, mas também a sensibilidade para promover para eles o bem estar e a felicidade”, afirmou Otávia.


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