Ivanes é eleito presidente da Câmara e prefeito interino de Patos


O vereador Ivanes Lacerda foi eleito na noite desta sexta-feira (23) como presidente da Câmara Municipal de Patos, o que o garante ascender ao posto de prefeito interino da cidade. Ivanis teve o apoio de 14 dos 17 vereadores. Ele foi automaticamente empossado como presidente da Casa e logo em seguida como prefeito interino.
Já como prefeito, Ivanes Lacerda disse que sempre teve o desejo de comandar os destinos da cidade, mas que nunca teve a oportunidade. “Deus escolheu a minha vez e me deu esse presente que eu tanto desejei e ainda mais no dia do meu aniversário de 65 anos”, disse emocionado.
Pouco antes da eleição, a vereadora Edjane Araújo (PRTB) retirou a candidatura e anunciou apoio à candidatura do colega Ivanes Lacerda. “De comum acordo com grupo de seis vereadores, decidimos retirar a minha candidatura. Todos nós iremos votar no vereador Ivanes Lacerda”, justificou.
Três vereadores disputavam o cargo de presidente da Câmara Municipal que dava o direito de comandar os destinos do município. Os candidatos foram Tide Paulino; Capitão Hugo (Podemos) e Ivanes Lacerda (MDB). Apesar de ser candidata, Tide anunciou voto em Ivanes para comandar o município.
A convocação dos vereadores para eleição extraordinária, assinada por Tide Eduardo, vice-presidente no exercício da presidência da Câmara de Patos, ocorreu na última terça-feira (20), logo após o prefeito interino, Francisco Sales Junior (PRB), renunciar ao cargo.

Votação

Toinho Nascimento – Ivanes
Ivanes Lacerda – Ivanes
Diogo Medeiros – Ivanes
Goia – Ivanes
Edjane Araújo – Ivanes
Capitão Hugo – Capitão Hugo
Dito – Ivanes
Sales Junior – Ivanes
Jefferson Gomes – Ivanes
Gordo da Sucata – Ivanes
Ramon de Chica Pantera – Ivanes
Lucinha Peixoto – Absteve
Fatinha Bocão – Ivanes
Nadjerlane Rodrigues – Ivanes
Ferre Machiche – Ivanes
Suelio Caetano – Capitão Hugo
Tida Eduardo – Ivanes

A renúncia de Sales Júnior

O prefeito em exercício de Patos, Sales Júnior (PRB), renunciou ao cargo, na terça-feira (20). A informação foi confirmada ao Portal Correio pela assessoria de comunicação da prefeitura e a carta-renúncia já foi protocolada na Câmara Municipal de Patos.
Conforme a Coordenação de Comunicação, quem assumiu interinamente o expediente da prefeitura foi o secretário interino de Finanças, Jonas Guedes, que também é Procurador do Município.

Terceiro prefeito desde 2016

Os imbróglios na Prefeitura de Patos começaram em 2018, quando o prefeito eleito em 2016 na cidade, Dinaldinho Wanderley (PSDB), foi afastado por decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJPB).
Depois desse afastamento, quem assumiu a gestão de Patos foi o vice, Bonifácio Rocha (PPS). No cargo, Bonifácio chegou a falar em “apertar os cintos” da prefeitura, com corte de cargos, por conta da falta de recursos.
Porém, a gestão do vice não durou muito e em abril de 2019, ele renunciou ao cargo. Em carta, Bonifácio alegou que “desagradou gente com interesses não republicanos”. Sales Júnior era o presidente da Câmara e assumiu a prefeitura de forma interina.

Falta de recursos

Francisco Sales de Mendes Júnior disse, em carta-renúncia, que precisava de apoio do Legislativo para seguir adiante com medidas orçamentárias necessárias para a gestão da cidade de Patos.
Na carta enviada à Câmara de Patos, já protocolada, ele abre dizendo que um dos maiores desafios da prefeitura, quando assumiu há 142 dias, era fazer com que “os munícipes voltassem a acreditar que a cidade pudesse ter dias melhores”.
O ex-prefeito interino seguiu dizendo que conseguiu cortar gastos e citou medidas administrativas tomadas para economizar custos. Ao longo do texto, Sales Júnior mostrou ainda o que a prefeitura fez durante a gestão dele por meio de medidas e serviços para a população.
Sales finaliza afirmando que precisava do apoio da Câmara para seguir adiante, já que o orçamento está comprometido e várias secretarias do Município não têm recursos.
“Sinto-me com sentimento de impotência, não pelo clima de instabilidade política e jurídica, mas devido à ausência de dotações orçamentárias já em algumas secretarias”, afirmou, seguindo o texto dizendo que precisava de permissão da Câmara para obter recursos, conforme determina o Tribunal de Contas do Estado (TCE).


Portalcorreio

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