Especialista avalia que se faz necessário estudo para detectar de onde vem o armamento dos criminosos


Para o especialista em Segurança Pública, José Maria Nóbrega, Coordenador do Núcleo de Violência da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o surgimento de armamento pesado nas ruas da Paraíba ainda é um fenômeno muito recente, que carece de dados e estudos para que se possa atestar com embasamento científico se está mesmo havendo essa mudança ou se são casos pontuais.
No entanto, ele acredita que facções como a Okaida estão mais organizadas, com mais dinheiro e podendo comprar armas mais caras. “Tudo que falamos é com base em dados. Seria necessário fazer um levantamento dos assaltos que ocorreram de janeiro até agora, por exemplo e verificar os meios que os bandidos empregaram. Mas é notório que há uma maior organização da Okaida e que, com o aumento dos crimes patrimoniais no Estado, eles estão com mais dinheiro. Com isso podem estar adquirindo armamentos pesados. Como já estão com um fuzil na mão e a oportunidade do assalto está à frente, ele use esse armamento para cometer o crime. Mas ainda não temos base científica para atestar essa mudança do armamento deles, por ser algo muito recente”, disse José Maria.

O aumento do poder de fogo dos bandidos também está refletido nas apreensões feitas pela polícia. Segundo o comandante da PM, coronel Euller Chaves, aumentaram as apreensões de fuzis e duas metralhadoras calibre 50 fora tomadas dos bandidos, em menos de um ano. O oficial disse que a média atual de apreensões de fuzis no Brasil é de um por dia, o que dá uma médica de 365 armas desse tipo, todos os anos. Euller Chaves também apontou a legislação brasileira pelo incremento do poder de fogo do crime e a limitação das polícias em fazer frente ao arsenal.

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