Pedro faz alerta para profissão ameaçada: apenas 2,4% dos jovens desejam seguir carreira de professor


No relatório Políticas Eficientes para Professores, divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que apenas 2,4% dos jovens brasileiros de 15 anos de idade desejam seguir a carreira de professor. Para o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), o número chama atenção e aponta para uma preocupação: “É preciso estimular a carreira do Magistério. Estamos diante de uma profissão ameaçada”, comentou.

Segundo a pesquisa divulgada neste fim de semana pelo jornal o Estado de São Paulo, a docência no Brasil é a escolha de 3,4% de jovens filhos de pais que só concluíram o ensino fundamental. Já entre os filhos de pais que cursaram o ensino superior, esse número cai para 1,8%. Quanto maior o grau de instrução dos pais, menor o interesse dos jovens na profissão.

“Esses números refletem uma realidade que acomete o país inteiro quando o assunto é educação, o que deveria ser básico e pensando em primeiro plano acaba sendo a opção para poucos e colocado em segundo ou terceiro plano. Os números são apenas o resultado do pouco reconhecimento que temos com nossos professores, que além de pouco remunerados, enfrentam ainda problemas como a falta de segurança nas escolas”, afirmou o parlamentar.

PEC 20/15 – Pedro Cunha Lima é autor da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 20/2015 que cria a carreira do Magistério Nacional. A proposta apresentada por ele estabelece que o professor é a categoria responsável pela educação e que seu subsídio máximo seja considerado limite superior dos agentes administrativos públicos, não podendo a diferença entre as diversas categorias ser superior a 10% nem inferior a 5%, nem exceder a 90% do limite a que se refere ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nós precisamos de forma urgente trazer uma solução para esse grave problema. E a PEC é uma delas com a possibilidade de uma cooperação entre os entes federativos. Precisamos buscar essa colaboração mútua para alavancar a carreira do professor, colocando-o como responsável pela nossa educação. Caso contrário, corremos o grande risco de termos essa profissão tão essencial, ameaçada”, alertou.

Todos os professores, segundo a propositura, seguirão as diversas carreiras, regidas por uma lei complementar nacional, sem que, também, no espaço geopolítico ou administrativo possam ter diferenças. “Garante-se assim, um subsídio para o magistério como forma de dar-lhe a mesma grandeza dos agentes políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e correlatos) e que esses subsídios serão limites superiores na administração pública, para os demais servidores do Estado, entendidos como agentes administrativos”, explicou o deputado.

 
 
Assessoria de Imprensa

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