Messi não decide mais uma em mata-mata de Copa. Fim de história na seleção?


Lionel Messi passou cinco minutos parado no meio do campo da Arena Kazan ao fim de Argentina x França. Jogadores das duas seleções foram até lá cumprimentá-lo. E ele seguia imóvel. Quando se moveu, foi para ir para o vestiário. Foi o primeiro dos argentinos a deixar o campo. 
O camisa 10 ainda vai se pronunciar, mas pode ter feito seu último jogo em Copas do Mundo nesta derrota por 4 a 3 para os campeões de 1998. A série de fracassos com a camisa argentina já o fez ensaiar, em 2016, uma aposentadoria da seleção, após mais um vice, o terceiro seguido, na Copa América do Centenário. Mas voltou atrás, para ter mais uma chance de título no Mundial da Rússia. Fracassou de novo.
O time atual não ajudava, com jogadores limitados. O técnico Jorge Sampaoli também não, alterando esquemas e escalações. Em 15 jogos, jamais repetiu o time por duas partidas seguidas. Mas Messi também não pareceu bem. E deixou a Copa com uma marca para pouco se orgulhar: nunca fez gols em mata-matas.
Seus seis gols em Copas foram em primeira fase: uma em 2006, quando estreou, passou em branco em 2010, marcou quatro vezes em 2014, e uma em 2018, em 11 partidas. Nos oito confrontos eliminatórios, passou em branco em todos, já contando a derrota deste sábado para a França.
Jogando mais avançado, já que Sampaoli optou por um esquema sem centroavante, deixando Higuain no banco, Messi brilhou apenas no início do segundo tempo, quando deu um chute, despretensioso, a bola desviou em Mercado e entrou no gol. Era o 2 a 1, a virada argentina para cima da França, e parecia que o time mais desorganizado poderia vencer, afinal era mata-mata de Copa. Parecia, porque a França não se abateu, e conseguiu também a sua virada, com juros. O 4 a 3 selou uma Argentina confusa no Mundial.

Uol

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