Com alta do gás, 1,2 mi de casas passam a usar lenha e carvão na cozinha



A alta no preço do gás de cozinha em 2017 fez com que 1,2 milhão de domicílios passassem a usar lenha e carvão na preparação dos alimentos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, 12,3 milhões de casas procuraram alternativas ao gás ante 11,1 milhões de residências em 2016.

O número significa que 17,6% dos 69,8 milhões de domicílios brasileiros não têm acesso ao gás. A região Norte concentra o maior porcentual de brasileiros que fazem uso de lenha e carvão para cozinhar, são 33,5%. Levantamento mostrou que uma das cidades em que o preço do gás mais compromete a renda dos moradores é Parintins, no Amazonas – o valor pode chegar a 8,4% do salário.
O Sul também concentra grande parte dos brasileiros que utilizam lenha e carvão para preparo de alimentos (26,7%). Entre as capitais, Pará (51,8%) e Maranhão (47,8%) têm o maior percentual de domicílios que recorrem à meios alternativos para cozinhar, segundo dados do IBGE.

Preço em alta

Após alta acumulada de 84% no preço do produtor de gás de cozinha (GLP) entre janeiro e dezembro de 2017, a Petrobras decidiu mudar sua política de reajuste de preço do produto – embora o preço final cobrado do consumidor tenha aumentado em média 19,6% na média nacional.

A nova política prevê que os reajustes serão feitos a cada trimestre, não a cada mês, como ocorria até então. A Petrobras também anunciou uma queda de 5% no preço nas refinarias. O objetivo, de acordo com a companhia, é manter os valores do GLP referenciados no mercado internacional – uma vez que a empresa compra do exterior 30% do gás que chega ao Brasil – e, também, “diluir os efeitos” de aumentos tipicamente concentrados no fim do ano, aliviando o peso no bolso do consumidor.

Catolé News

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