O parlamentar afirmou que recebe reclamações constantes de profissionais que, mesmo realizando serviço essencial para a manutenção urbana, não possuem um local autorizado pela Sesuma para descarregar o material retirado das obras. “Tudo na Sesuma é multa. Falta diálogo e falta solução.
Rostand criticou o secretário da pasta, Ojival Vilar, afirmando que os trabalhadores são impedidos de utilizar áreas que antes eram destinadas ao descarte de aterro.
“Os caçambeiros tiram o entulho da cidade e querem um local para colocar. Na Vila do Zé Arruda, na antiga Cachoeira do bairro José Pinheiro, existem buracos enormes que poderiam receber aterro — não lixo. Isso ajudaria, inclusive, na recuperação da área. Mas a Sesuma não deixa.”
O vereador lembrou que, em gestões anteriores, pontos como a Vila do Zé Arruda e áreas da Alça Leste eram tradicionalmente usados para esse fim, sem prejuízo ao meio ambiente e com orientação adequada.
Segundo Rostand, a postura da secretaria tem prejudicado quem vive da atividade. “Os caçambeiros querem trabalhar, mas quando tentam colocar o aterro, chega alguém para multar. Desse jeito, vai chegar o tempo em que não existirá mais caçambeiro na cidade. E eles têm família para sustentar.”
Ele criticou ainda a legislação recente que obriga o recolhimento de entulho por empresas privadas, retirando a autonomia dos pequenos trabalhadores e impondo altos custos à população.
Rostand informou que já protocolou requerimentos na Câmara e pretende convocar os caçambeiros para expor a situação em audiência, reforçando que a Sesuma precisa definir pontos específicos na Zona Leste para descarte de aterro de forma organizada e autorizada.
“Se eu fosse o secretário, já tinha definido um canto adequado para eles colocarem o material. Mas hoje tudo é multa. Isso não resolve.”
O vereador destacou que o debate não inclui quem utiliza carroças e descarta lixo irregularmente, prática que, segundo ele, não é cometida pelos caçambeiros profissionais.


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