“Campina é grande. É um tema que às vezes alguém foge de debater. Mas nós estamos numa cidade que tem um nome chamado Campina Grande. E eu sempre disse: Campina, Grande no nome, Campina, Grande na geografia, porém é uma cidade grande com receita de cidade pequena”, destacou o deputado.
Romero lembrou que Campina Grande atende pacientes de 184 municípios, sendo referência regional em diversos serviços, o que amplia consideravelmente os custos com saúde.
“Campina assume sua responsabilidade e a de outros 184 municípios. É um cobertor curto para uma demanda grande. Você não vai mandar uma pessoa voltar quando precisa de atendimento. Só que tudo isso tem um custo, e o município precisa arcar com ele”, afirmou.
O deputado também comentou sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor, agravadas pela defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo ele, está há quase 20 anos sem atualização.
“As pessoas não sabem o custo real de uma cirurgia. O SUS paga valores defasados, há procedimentos que não chegam a R$ 100. Isso faz com que muitas vezes não compense para o prestador, e o município tenha que complementar. É um desafio enorme”, pontuou.
Romero informou que as emendas de bancada federal destinadas à cidade começam a ser liberadas, totalizando cerca de R$ 10 milhões, e disse esperar que esses recursos ajudem a amenizar o problema.
“A gente está preocupado com a situação, tentando ajudar, destinando recursos. Sei que o prefeito Bruno tem feito um esforço para equacionar essa situação, e esperamos que isso aconteça o quanto antes”, afirmou.
Para o deputado, a saúde é a área mais sensível da administração pública e a que mais demanda atenção.
“De toda a geografia administrativa de Campina Grande, a que requer mais cuidado é a saúde. É uma despesa muito alta, com custos crescentes, como o piso da enfermagem, que é justo e merecido, mas impacta fortemente as contas municipais”, concluiu.
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