Pedro Cunha Lima critica gestão estadual e cobra nova alternativa política para a Paraíba durante entrevista em rádio

Em entrevista a uma rádio paraibana nesta quinta-feira (27), o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima defendeu a união das oposições e criticou de forma contundente a condução do governo estadual, especialmente nas áreas de saneamento, abastecimento de água e educação. Ele afirmou que há hoje um bloco consistente de lideranças construindo uma alternativa para a Paraíba. Pedro declarou que existe um alinhamento claro no campo oposicionista, mesmo com mais de uma possível candidatura, porque todos compartilham de um propósito comum. “Existe um objetivo comum que é oferecer à Paraíba uma alternativa para esse ciclo que vai completar 16 anos em um partido só, que é o PSB.”

Ao relembrar o debate eleitoral de 2022, Pedro comentou as acusações de que pretendia privatizar a CAGEPA, afirmando que esse discurso foi amplamente utilizado durante a campanha de forma distorcida. Ele declarou que o foco sempre foi a eficiência na prestação do serviço público. “Na campanha falavam muito que eu queria privatizar a CAGEPA. Na verdade, o que eu quero é que haja um resultado eficiente.” Pedro destacou que em pleno século 21, ano de 2025, ainda existem diversas cidades da Paraíba onde moradores protestam por falta de água. Segundo ele, a população recebe mensalmente a cobrança da companhia, mas não recebe o serviço. “Em várias casas a CAGEPA manda o papel da cobrança, mas não manda água ou serviço.”

Pedro também mencionou dados recentes sobre saneamento básico no estado e classificou a situação como grave. Ele afirmou que quase metade dos domicílios paraibanos ainda vive sem coleta de esgoto. “Dos domicílios paraibanos, 45% não têm coleta de esgoto.” O ex-deputado citou ainda a tragédia ocorrida em Campina Grande, que segundo ele, foi consequência da falta de manutenção adequada no sistema. Para Pedro, problemas como esse reforçam a necessidade de debater a eficiência e a responsabilidade da gestão estadual.

A educação, principal bandeira de sua trajetória política, também foi destaque na entrevista. Pedro criticou o governo por erros acumulados em diferentes níveis educacionais. “Na educação infantil são 110 creches paralisadas de um programa do governo.” Ele também chamou atenção para a crise no ensino superior. “A UEPB está em greve há mais de dois meses.”

Ao falar sobre o cenário político, Pedro reforçou que há um esforço conjunto e crescente dentro das oposições para construir um novo caminho para o estado. Ele citou diversas lideranças que, segundo ele, compõem esse movimento, incluindo o prefeito Cícero Lucena, o senador Efraim Filho, o senador Veneziano Vital do Rêgo, o prefeito Bruno Cunha Lima, o deputado Romero Rodrigues e o deputado Rui Carneiro, entre outros. Para Pedro, esse grupo desempenha um papel importante na formação de um projeto alternativo. “Existe um debate que precisa ser feito e um campo que está posicionado nas oposições. Assim eu enxergo a política.”

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