DataQualyt expõe a fragilidade de Lucas Ribeiro e o cenário favorável para Efraim Filho


A pesquisa DataQualyt divulgada em Campina Grande mostrou de forma clara a atual configuração da disputa pelo Governo da Paraíba em 2026. O levantamento indica Pedro Cunha Lima na liderança com 26,7%, seguido por Cícero Lucena com 14,6%, Efraim Filho com 12,8%, Adriano Galdino com 12,6% e, em último lugar, Lucas Ribeiro com 11,8%.

O resultado chama a atenção porque Lucas, vice-governador e nome escolhido pelo grupo do governador João Azevêdo, não consegue decolar sequer em Campina Grande, seu reduto familiar.

A história política da família Ribeiro está cercada de episódios de rupturas, mudanças de lado e alianças convenientes, que geraram desconfiança em antigos aliados. Esse desgaste parece se refletir na baixa performance de Lucas, que hoje aparece atrás até mesmo de Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa, que não tem Campina Grande como base principal.

Isso levanta dúvidas: João Azevêdo arriscará sua sucessão em um nome tão frágil? Ou preferirá outro caminho e, em vez de disputar o Senado, optará por encerrar o ciclo como governador, a exemplo de seu antecessor?

Enquanto isso, Efraim Filho desponta como uma peça-chave no tabuleiro político. Com 12,8%, ele aparece tecnicamente empatado com Adriano e apenas dois pontos atrás de Cícero Lucena. Sua capacidade de articulação já foi provada quando chegou ao Senado desacreditado, mas conquistando bases eleitorais que ninguém imaginava.

Um estudo do professor Pedro Cézar já aponta que Efraim pode ser um dos nomes do segundo turno, e a matemática mostra que isso é totalmente plausível. Pedro (26,7%) e Efraim (12,8%) somam 39,5% em Campina Grande. Do outro lado, Cícero (14,6%) e Adriano (12,6%) somam 27,2%. Mesmo que os votos de Lucas Ribeiro (11,8%) migrassem em bloco para Cícero, teríamos um total de 39,0%, ainda abaixo do conjunto Pedro mais Efraim, que atinge 39,5%.

Esse dado revela algo fundamental: o bloco liderado por Pedro Cunha Lima, aliado de Efraim, tem chances reais de garantir vantagem já no primeiro turno e consolidar a força de ambos no segundo.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, segue sem partido definido e sem clareza sobre de que lado estará em 2026: se permanecerá aliado de João Azevêdo ou se migrará para a oposição. Esse posicionamento será crucial, mas, diante do cenário numérico, mesmo que atraia os Ribeiro, sua competitividade contra o bloco Pedro/Efraim não se mostra suficiente.

A pesquisa DataQualyt mostrou que Lucas Ribeiro não consegue empolgar nem em Campina Grande e se confirma como o ponto frágil do grupo governista. Enquanto isso, Efraim Filho cresce como alternativa sólida, aliado a Pedro Cunha Lima, e já projeta um cenário de segundo turno competitivo contra Cícero Lucena.

Se os números atuais se confirmarem e as articulações seguirem nessa linha, o bloco Pedro/Efraim tende a chegar mais forte, deixando João Azevêdo em uma posição delicada: ou revê seu plano de sucessão, ou arrisca ver sua base política ruir diante de uma derrota anunciada.


A Pesquisa foi realizada pela DataQualyt e publicada pelo Blog do Márcio Rangel nesta sexta-feira, 3.


Por Simone Duarte

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