Na Paraíba, a direita sempre parece caminhar em círculos. Em 2022, diante da orientação de Jair Bolsonaro para que os eleitores votassem no “menos ruim” caso houvesse dois candidatos da esquerda, a ala conservadora se dividiu, permitindo que a oposição governista mantivesse espaço e influência. Quatro anos depois, o cenário pré-eleitoral para 2026 mostra a mesma confusão: a direita paraibana mais uma vez parece incapaz de consolidar um nome forte e unido.
Enquanto Michelle Bolsonaro sinalizou apoio ao senador Efraim Morais (União Brasil) para o governo, a movimentação interna do PL e de outros atores da direita revela um padrão preocupante. Deputados e ex-ministro do campo bolsonarista, como Cabo Gilberto e Marcelo Queiroga, já ensaiam disputas e movimentações que parecem mais voltadas a enfraquecer Efraim do que a fortalecer a oposição. Nos bastidores, o gesto de Queiroga de não desmentir o desejo de Gilberto de disputar o governo é interpretado por aliados de Efraim como uma tentativa de golpe interno, uma manobra para dividir a direita e minar o nome que hoje se mostra mais competitivo e estruturado.
E é justamente aí que a experiência de Efraim Morais se destaca. Quando lançou candidatura ao Senado, poucos acreditavam em sua vitória. Muitos duvidaram de sua capacidade de navegar pelo complexo xadrez político da Paraíba. Mas Efraim não apenas se elegeu, como demonstrou habilidade rara em movimentar peças, consolidar alianças e antecipar jogadas. Ele conhece o terreno, sabe como construir pontes sem se perder em intrigas e, acima de tudo, mantém foco em um projeto maior para a oposição e para o estado.
Enquanto alguns parecem mais interessados em protagonismo pessoal e em manter hegemonias partidárias, Efraim segue consolidando seu nome e seu projeto político. Para a direita paraibana, é hora de escolher entre repetir os erros do passado, a divisão que sempre favoreceu a esquerda, ou apostar em quem já provou competência, visão estratégica e capacidade de articulação.
Em um tabuleiro político cheio de intrigas e jogos internos, Efraim Morais continua sendo a peça mais bem posicionada. Quem subestima sua habilidade, cedo ou tarde, percebe que ele não apenas joga bem, mas sabe vencer onde outros tropeçam.
Por Simone Duarte
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