Cassiano contou que inicialmente chegou a recusar convites para disputar cargos na diretoria, mas diante da desistência de outros dirigentes e após estabelecer condições mínimas de atuação, acabou aceitando o desafio. A sua candidatura à presidência se concretizou em um momento de transição, após o afastamento judicial do então presidente Francisco Buega Gadelha, quando decidiu concorrer com a recomendação do pai para honrar a missão.
O empresário destacou que enfrentou sérias dificuldades nos primeiros meses, chegando a cogitar a devolução do cargo à Confederação Nacional da Indústria (CNI) devido à situação de ingovernabilidade que encontrou. Segundo ele, foi necessário mais de um ano para reorganizar a casa e superar a crise de imagem que atingia a Fiep, esforço que contou com o respaldo da CNI. Nesse processo, observou ainda a necessidade de corrigir distorções na aplicação de recursos e inverter prioridades que não atendiam ao propósito da entidade.
O presidente também apresentou projetos que apontam para o futuro, anunciando a revitalização e ampliação da estrutura do Senai no bairro da Prata, em Campina Grande, assim como a expansão da escola do Sesi na mesma cidade, que incluirá a aquisição de uma área anexa. Em João Pessoa, estão em andamento obras educacionais em Bayeux e Mangabeira, enquanto no Sertão destacou-se a manutenção das unidades do Sesi e Senai em Sousa, que chegaram a ser ameaçadas de fechamento por recomendação da CNI e cuja continuidade só foi garantida após medidas firmes, inclusive com apoio policial para a implementação das mudanças necessárias.
Ao encerrar sua fala, Cassiano ressaltou a importância de abrir mais espaço para as mulheres no setor industrial. Lembrou que a federação ainda é marcada por um perfil predominantemente masculino e defendeu que é preciso ampliar as portas para a presença feminina, enfatizando que a valorização das mulheres no setor tem sido uma diretriz nacional replicada pela própria Fiep.
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