Vereador Alexandre do Sindicato sai em defesa do padre Danilo César e faz apelo por respeito à liberdade religiosa


Durante pronunciamento na Casa Félix Araújo, o vereador Alexandre do Sindicato se manifestou em defesa do padre Danilo César, da Paróquia de Areial, após a repercussão de sua fala no interior da igreja católica. Evangélico e protestante, o parlamentar ressaltou que a liberdade de culto é um direito constitucional, assegurado no artigo 5º da Constituição Federal, e defendeu que o padre tem o direito de pregar segundo a doutrina da fé católica dentro do espaço litúrgico.

"Eu não poderia ficar calado. Eu sou protestante e evangélico com muito orgulho", iniciou o vereador. Ele destacou que a Constituição garante não apenas a liberdade de crença, mas também proteção e assistência aos locais de culto e suas liturgias, sejam elas católicas, evangélicas ou de matriz afro-brasileira. Para ele, é preciso compreender que o espaço religioso possui regras e tradições próprias que devem ser respeitadas.

Alexandre criticou a cultura de polarização ideológica que, segundo ele, tem contaminado os debates no país. “Depois do artigo vindo da esquerda que impregnou a cultura do ‘nós contra eles’, passou-se a entender que tudo que é contrário à minha fé é agressão ao outro. Isso está destruindo a nossa nação", afirmou.

O vereador reforçou que o padre Danilo não fez um discurso de ódio, mas exerceu seu papel de líder religioso dentro da própria igreja, pregando para fiéis católicos. “Se eu, na minha igreja evangélica, digo que não concordo com o casamento entre pessoas do mesmo sexo, estou apenas reafirmando uma doutrina. Assim também o padre, dentro da sua fé e de sua doutrina, tem o direito de pregar o que acredita, dentro de um templo protegido por lei."

Alexandre ainda ponderou que, caso o pronunciamento tivesse ocorrido em local público, o contexto seria outro. “Na rua, seria algo mais complicado. Mas dentro do templo, a fala está protegida pela Constituição e pela liberdade de culto”, explicou.

Ao final de sua fala, o vereador reafirmou que sua defesa não é exclusiva ao padre Danilo, mas sim à liberdade religiosa de todas as crenças. “É uma contradição acusar um religioso por apenas pregar dentro do seu templo. Isso vale para católicos, evangélicos, candomblecistas. O Brasil precisa voltar a respeitar as diferenças de fé, sem transformar religião em campo de batalha ideológica”, concluiu.


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