O suspeito, identificado como Técio, de 29 anos, confessou o crime na presença de um advogado. Segundo o delegado Ramirez São Pedro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Campina Grande, o homicídio ocorreu após um desentendimento entre os dois, no início da manhã do dia 4 de maio, na residência do acusado, no bairro Cuité.
Após o assassinato, cometido com um golpe de faca, o suspeito enrolou o corpo da vítima em um lençol e o transportou até o orquidário, onde o enterrou e concretou o local. Para tentar despistar a polícia e se afastar da condição de principal suspeito, Técio viajou para João Pessoa e simulou o desaparecimento do professor na Praia da Penha, alegando um suposto afogamento. Ele chegou a acionar o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo, que realizaram buscas no mar.
No entanto, diante da ausência de indícios do afogamento, as delegacias de Homicídios de Campina Grande e de João Pessoa, com apoio da Unidade de Inteligência da Polícia Civil e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), iniciaram uma investigação minuciosa que culminou com a prisão do acusado e a localização do corpo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para a exumação, já que o cadáver estava concretado. As perícias foram realizadas pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) de Campina Grande.
Técio foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e será submetido à audiência de custódia.
Gilson Cruz Nunes era presidente da ASPRENNE (Associação dos Servidores Públicos das Regiões Norte e Nordeste). Desde seu desaparecimento, familiares, amigos e colegas da associação mobilizaram buscas e se mostravam céticos quanto à versão inicial do desaparecimento no litoral.
O delegado Ramirez São Pedro concederá uma entrevista coletiva sobre o caso na próxima segunda-feira (12).
(Com informações do www.renatodiniz.com e da DHPP. Fotos: Roberto Nascimento – Repórter Fotográfico)
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