STF: quando a Justiça legaliza o roubo e anula a esperança

Wilton Júnior/Estadão


Por Ronaldo Cunha Lima Filho

O Supremo Tribunal Federal (STF) está se superando, e eu, definitivamente,  perdendo as esperanças. 

Começo lembrando dos processos da Lava Jato. 

A despeito das robustas e abundantes provas colhidas no curso da operação, que identificou o maior esquema de corrupção da história do país, a partir da Petrobras,  foi tudo  para o espaço.  

Foram  dezenas de confissões, delações premiadas e acordos de leniência, que resultaram no retorno aos cofres públicos de 25 bilhões de reais, mas tudo foi anulado pelo STF.

Sabemos hoje que a equipe de Curitiba, em alguns momentos, cometeu erros. A chamada “Vaza Jato” foi a pá de cal. Foi aí que um time de competentes advogados, manejando  os recursos cabíveis, conseguiu, no STF, anular todas as condenações. 

Não se buscou sequer aproveitar as provas obtidas,  as confissões, e muito menos os 25 bilhões resgatados do bolso dos ladrões. 

Pasme, mas nem mesmo as fortunas descobertas nas contas de alguns  corruptos, tentou-se  recuperar. Ou seja, o dinheiro roubado recebeu do STF a chancela de legalidade. 

Os delinquentes saíram impunes e milionários. É difícil de acreditar.

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