Em meio à acirrada disputa eleitoral em João Pessoa, Pastor Sérgio Queiroz, candidato a vice-prefeito na chapa de Marcelo Queiroga (PL), trouxe à tona uma nova denúncia preocupante envolvendo servidores públicos. O Pastor Sérgio usou suas redes sociais para compartilhar o relato de um servidor municipal, que alegou estar sendo obrigado a participar de atos de campanha em favor do candidato a prefeito Cícero Lucena (PP).
"Recebi uma mensagem de uma pessoa dizendo que estava sendo obrigada a ir para atos de campanha como servidor público. Espero que isso não seja verdade, sinceramente espero", disse Queiroz em vídeo divulgado nas suas mídias. Ele também fez um apelo aos servidores que enfrentam esse tipo de pressão: "Se você quer votar no seu candidato, vote por amor. Se você é servidor e quer votar no prefeito, vote por amor, não faça isso por obrigação e nem vá para a rua."
A declaração do Pastor Sérgio Queiroz gerou repercussão, especialmente considerando o histórico recente da gestão de Cícero Lucena, que tem sido marcada por escândalos, incluindo a prisão de sua esposa, que atualmente cumpre medidas restritivas com uso de tornozeleira eletrônica. Embora o governador João Azevêdo tenha se afastado publicamente de Cícero Lucena após esses eventos, a denúncia de coação a servidores evidencia a continuidade de práticas políticas duvidosas.
Práticas idênticas
Denúncia de Assédio em Campina Grande - Não muito tempo atrás, outra denúncia semelhante foi feita em Campina Grande, dessa vez por Dr. Gilney Porto, ex-diretor técnico do Hospital de Trauma da cidade. O médico usou suas redes sociais para denunciar pressões sofridas por servidores daquela unidade hospitalar, que estariam sendo coagidos a trabalhar na campanha do candidato apadrinhado pelo governador João Azevêdo. Segundo ele, os funcionários também estariam sendo assediados para votar nesse candidato, sob risco de represálias.
Essas denúncias, tanto em João Pessoa quanto em Campina Grande, levantam sérias dúvidas sobre o uso da máquina pública para fins eleitorais. Mesmo com o afastamento simbólico de João Azevêdo em relação a Cícero Lucena, as práticas denunciadas reforçam a imagem de que o grupo político no poder se vale de métodos duvidosos para assegurar sua permanência.
O uso de cargos públicos e servidores como ferramenta de pressão eleitoral é uma afronta não apenas à democracia, mas à própria dignidade dos trabalhadores, que não deveriam ser submetidos a esse tipo de abuso.
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