Família Ribeiro, uma História de incoerência, egocentrismo e traições na Política paraibana


O articulador-mor da Família Ribeiro, Aguinaldo, ao ver que seu intento não decolou e que o Republicanos não recuou em seu apoio a Efraim Filho para o Senado, passou a desenhar um novo cenário de cobiça e ambição doméstica: indicar um vice na majoritária de João Azevedo que, obviamente, deveria ser feita pelo clã.

Com mais uma imposição sob o pretexto de não mais apoiar João, a saída seria indicar alguém do seio familiar, o filho da senadora, Daniella Ribeiro, sobrinho do deputado Aguinaldo Ribeiro e neto de presidente estadual do PP, Enivaldo Ribeiro, ou seja, o atual vice prefeito de Campina Grande, Lucas Ribeiro.

Vale salientar que não tenho, em absoluto, nada contra Lucas Ribeiro, um jovem talentoso, educado, polido e que teria um futuro político brilhante; antes tivesse densidade eleitoral. Depois, andasse com as próprias pernas ou, pelo menos, tivesse autonomia em determinar seus anseios políticos, o que é uma fábula.

Longe de mim ainda, afirmar que filhos não escutem seus pais, familiares e afins, os ditos mais experientes. O problema é que raposas velhas da política campinense, não tem ideias novas, acuam sempre com o mesmo modus operandi e impõem sempre o mesmo ritmo aos herdeiros dos seus espólios políticos, carcomidos e ambiciosos, com anseios de substratos, aquilo mesmo do que há de pior na política: o Fisiologismo.

Aliança com João e as pífias justificativas

Essas foram, no mínimo, jocosas!

O filho, Lucas Ribeiro, atual vice-prefeito de Campina Grande que sequer conseguiu se eleger vereador, na cidade, outrora, pontuou pifiamente e, talvez, como “papagaio de pirata”: "Quando temos os mesmos objetivos, as mesmas boas intenções, a mesma força do trabalho, o caminho à frente sempre há de ser melhor para todos. Vamos em frente!".

Agora, “os objetivos, as boas intenções, a mesma força do trabalho, o caminho à frente de ser melhor para todos”, são com a oposição a quem ele já é vice em Campina Grande?

O que se esconde, sem se esconder, por trás dessas boas intenções é que daqui a dois anos, provavelmente, se tudo caminhar como na calculadora doméstica dos Ribeiros; João sai para o Senado e, daí, não digo o menino Lucas, mas a família Ribeiro passará a governar a Paraíba, em caso de vitória da situação. E tem sido sempre assim, galgam escadas pelas beiradas, perpassando quem está acima ou a frente, pisoteando sem remorsos e sem memória.

O jovem rapaz ainda budejou em uma rádio, que na época do então prefeito Romero Rodrigues, de quem seu avô era vice, seu tio, então Ministro da Cidadania no governo Dilma, Aguinaldo Ribeiro destravou e liberou verbas para a construção do Complexo Residencial Aluízio Campos.

Ora, se isso não é uma distonia, não compreendo mais nada sobre retidão e coerência.

Verbas federais liberadas e/ou destravadas para a conclusão do Complexo Residencial, seja ele qual for, advém do dinheiro do povo e deve ser desprovida de partidarismo. Ela não favorece o chefe do Executivo, mas a população diretamente.

População esta, que é a mesma que votou e vota para que sua família esteja no poder. Não existe almoço grátis, não existem favores, não existem bondades, mas obrigação, acima de tudo em lidar com o erário e seu destino correto: atender a população suas necessidades e investir na cidade que os elegeram.

Se o jovem Lucas Ribeiro imagina que esse foi um grande feito por parte do seu tio, é melhor arrumar outra justificativa, porque Aguinaldo não fez e não faz mais do que sua obrigação, enquanto representante político de Campina Grande e da Paraíba. E sua mãe, Daniella da mesma forma!

Sua mãe, seu tio, ou seja, lá o raio que o parta, não “ajudou” por serem bonançosos; fizeram suas obrigações em reciprocidade aos votos que os permitiram representar o povo de Campina Grande e da Paraíba. E, digo mais, ainda é muito, mais muito pouco para o que a população almeja e necessita!

Chega de se acharem nobres! Tenham bom senso! Chega dessa mediocridade e demagogia ensandecida de achar que são benevolentes. Menos!

Tudo que vem do Governo Federal para Campina Grande, para a Paraíba e demais cidades do Brasil, já saíram dos nossos bolsos, do nosso suor, de impostos intermináveis que pagamos, do nosso trabalho e temos o direito a uma contrapartida decente. Vocês são nossos empregados. Não estão fazendo favores! Não precisamos de migalhas, não merecemos esmolas. Afinal, as benesses que lhes sustentam vão além do aquém daquilo que o povo realmente precisa por direito.

Amnésia

A mãe e o avô do menino Lucas, a senadora Daniella Ribeiro e o ex-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro, respectivamente, inclusive, parecem sofrer de amnésia. Não foi uma, duas ou três vezes que miraram bem de fronte para o governador João Azevedo, definindo-o como “um homem de difícil trato” e que “não tinha relações com João”.

Enivaldo chegou, inclusive, a afirmar em junho deste ano, que o governador João Azevedo havia abandonado as cidades paraibanas e o criticava duramente, porque o chefe do executivo estadual não olhava para Campina Grande como deveria. Hoje, como num ilusionismo, já é um dos governantes que mais fez pela Rainha da Borborema.

“É um cara que tem feito muito, não só em Campina Grande. Infelizmente os Governos não olhavam para Campina Grande não, rapaz. Você veja que as obras que fizeram em Campina foram muito pequenas, em relação ao que Campina dá ao povo”, argumentou o patriarca, logo após a intenção de Lucas vir a ser o indicado a vice de João Azevedo.

Exonerações

O patriarca, Enivaldo Ribeiro, como sempre com a língua afiada para denegrir os outros, mas blindada para defender os seus, disse hoje que a atitude do atual prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, em exonerar as indicações do PP, não foi “ato de um homem” e que “Política não se faz assim”. Eu já penso, que o chefe do Executivo campinense, além de varão, foi extremamente longânime.

Daniella Ribeiro, inclusive, já esqueceu da sua reação e palavras proferidas publicamente na imprensa, com relação aquele fatídico episódio em que a esposa do senador Veneziano Vital, Ana Cláudia não foi convidada à mesa pelo cerimonial do Governo do Estado e "saiu à francesa" do evento, em Campina Grande.

Faço questão aqui de lembrar sua entrevista via Arapuan FM: “Achei correto ela se levantar e sair do local da solenidade. Mas entregue os cargos no governo. Você tem que ter brio”

Onde está o seu brio, senadora Daniella Ribeiro e o da sua família?! Sucumbiu?!

Traições

Enivaldo também afirmou que Bruno deveria respeitar o partido. Pergunto, se ele lembra que a filha dele, a senadora, Daniella Ribeiro (ex-PP e atual presidente, traíra, do PSD), respeitou o então prefeito, Romero Rodrigues quando lhe usurpou a sigla?! Trabalhou na surdina, feito cobra que rasteja e não vislumbra aliados, mas vítimas flábeis de se triturarem, por serem corretos em atitudes e confiáveis.

Vou lhe poupar, da traição nas últimas eleições, quando a sra, ao lado do ex-senador Cássio, com quem firmou dobradinha e, concomitantemente, esteve em várias cidades, aliada ao seu algoz de outrora, e hoje colega de bancada, Veneziano Vital (então PSB). Este, que também não deixou de usar dos mesmos artifícios para a derrocada do seu então “aliado” de chapa e também candidato ao Senado, Luiz Couto (PT). Esse tema, fica para um outro artigo!

Por fim, não faz mais que três meses que a própria senadora, Daniella Ribeiro afirmou que seu grupo não estaria com João Azevedo, após lhe fazer duras críticas em todos os sentidos, seja político e administrativo, não esquecendo ainda, a língua ferina que desferiu duros golpes contra o grupo do atual governador, quando do estouro da Operação Calvário.

Não esqueça, pelo menos disso: Traição não é um erro, porque erros são perdoáveis; Traição é uma escolha e as consequências são reais! Agora aguente!!!




Simone Duarte

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