Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se movimenta no jogo do xadrez político, com maestria, diga-se de passagem, uma vez que, neste momento, não são poucos os que tentam a todo custo destituí-lo da cadeira presidencial, e nem de longe, ostentam honestidade e integridade para tal.
Outro ponto a ser destacado é que, com essa minirreforma ministerial que se avizinha, ele faz uso das velhas artimanhas, já conhecidas de todo e qualquer brasileiro que se propõe a acompanhar a política mais de perto: se você não pode com seu inimigo, se alie a ele.
Fica mais que evidente, que para governar o Brasil, estratégias extremistas e radicais, como as adotadas pelo próprio presidente Bolsonaro durante a campanha, não se chega a lugar algum. Infelizmente, esse é o retrato do nosso país.
Ao indicar o nome de um pepista para a Casa Civil, mesmo esse dito cujo, outrora tendo o tachado de fascista e assumido publicamente seu voto ao Lula, a jogada é de mestre, até porquê ao final de toda e qualquer ação, a decisão será do presidente e é melhor ter seus inimigos a vista, bem por perto, já que é quase impossível deter algum controle desses estando longe.
Quer queira, quer não queira, não se sabe se o presidente arquiteta o lançamento de um nome ao governo da Paraíba, mas está evidente que sua decisão na indicação de um pepista para a Casa Civil, reflete diretamente no estado da Paraíba, destronando talvez as pretensões do governador, João Azevedo junto ao PP.
Se não, vejamos, ao indicar o presidente nacional do PP Ciro Nogueira, expoente do Centrão, alguns aliados do atual governador, diga-se de passagem: Aguinaldo Ribeiro, Daniela Ribeiro e o próprio prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, agora devem repensar e reformular seus posicionamentos e apoios para o pleito que se avizinha, afinal, Bolsonaro vai precisar de um palanque no estado.
E, caso ele não tenha um nome para essa disputa estadual, o que mais se cacifa a preço de hoje, é o mesmo que alguns bolsonaristas repudiaram devido as suas declarações, quando em entrevista, afirmou que não descartaria ser beneficiado através de votos de eleitores e dissidentes da esquerda, Romero Rodrigues.
Até o momento, nenhum dos que saíram em ataque a Romero Rodrigues, se posicionou sobre a indicação de Ciro Nogueira ao importante cargo para a Casa Civil. Talvez, os que já afirmaram que tem limites e que tacharam o ex-prefeito de Campina Grande de incoerente e inviável, poderão repensar seus posicionamentos, caso não queiram mais uma vez lidar com uma possível derrota fragorosa nas urnas.
Aguardemos as próximas movimentações nesse xadrez que a cada dia fica mais interessante!
Simone Duarte
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