Fogo amigo: pressão de aliado histórico, pode fazer Romero Rodrigues declinar de candidatura ao governo

 


Mesmo estando bem nas pesquisas internas e amparado por um legado que o credencia a ser o próximo governador da Paraíba, o pré-candidato, Romero Rodrigues pode sim declinar à sua pretensão ao Palácio da Redenção. E isso se dará, caso as pressões do seu grupo aliado de décadas, diga-se: do ex-senador, Cássio Cunha Lima e do seu filho, o deputado federal Pedro Cunha Lima, não cessem. 

É que os tucanos não querem que Romero Rodrigues ofereça palanque ao presidente Bolsonaro nas próximas eleições. Caso Romero não ceda, o ex senador da Paraíba, Cássio Cunha Lima já articula emplacar o nome de Pedro Cunha Lima ao governo do estado e o de Diogo Cunha Lima para a Câmara Federal, afunilando ainda mais as chances do ex-prefeito de Campina Grande concorrer não só ao Estado, mas também ao Legislativo.

A Paraíba inteira sabe que o ex-prefeito de Campina Grande não tem um perfil extremista, opta pelo diálogo e é um homem público conciliador, seguindo mais a linha de um político de Centro. Mas também é inegável que Romero Rodrigues tem simpatia pelo presidente Bolsonaro, tanto é que nas últimas eleições preteriu o candidato a presidente do seu partido, arregaçou as mangas, declarou apoio e trabalhou para o Mito.

No atual tabuleiro do xadrez político nacional, as estratégias estão centradas em cercar e derrotar o Rei, mas para isso precisam de apoio e respaldo nos municípios e estados brasileiros. Portanto, se for preciso peões, cavalos, torres, bispos e rainha aliados ou não serão sacrificados sem remorso. Tudo em detrimento de não reeleger o atual presidente Jair Messias Bolsonaro.

Para Cássio, que está longe da Política, mas não tão longe das decisões e estratégias tomadas para a escolha de um nome que possa representar o grupo das oposições no Estado, é mais importante derrotar Bolsonaro que vencer João Azevedo na Paraíba.

De outro lado, Romero tem uma única saída, oferecer palanque para Bolsonaro e aí ter o apoio incondicional da oposição no Estado, a exemplo de Nilvan, Walber Virgolino e Cabo Gilberto e, paralelamente construir um palanque paralelo para quem quiser votar nele e não quiser votar em Bolsonaro. Tudo isso, passando longe das pretensões de receber apoio dos partidos de esquerda, mas não descartando dissidentes esquerdistas que acordem antes do tempo e decidam pelo melhor para o estado e para o Brasil.


Simone Duarte

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