Ameaça de retirada de direitos e de reajuste salarial zero podem levar bancários à GREVE GERAL em todo país

 


A possibilidade de Greve Geral na categoria bancária não está descartada, caso a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), insista com a proposta de reduzir salários e retirar direitos históricos conquistados com muita luta pelos trabalhadores. A categoria, que está em Campanha Salarial desde o início de agosto, vem se mobilizando em defesa de reajuste salarial, melhores condições de saúde e trabalho, além da manutenção de empregos. Nesta terça-feira (25) acontece mais uma rodada de negociações e os bancários esperam uma proposta decente dos Bancos. Na mesma data serão realizadas assembleias virtuais em todo o país para debater os rumos da Campanha. Em Campina Grande, a assembleia será a partir das 19h.

Com uma campanha totalmente digital devido à pandemia do novo coronavírus, as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban estão sendo realizadas por videoconferências. Até agora, foram nove rodadas de negociações e os bancos propuseram reajuste salarial zero, além de redução da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) e do percentual da gratificação de função. Até a 13ª cesta alimentação dos bancários também foi ameaçada de ser retirada durante as negociações.  

“Os bancos lucraram 108 bilhões em 2019 e mesmo com históricos lucros bilionários não querem reajustar os salários e nenhuma das cláusulas econômicas da CCT e dos ACTs”, destacou Esdras Luciano, presidente do Sindicato dos Bancários de Campina e Região, frisando ainda que somente com o não reajuste dos salários, os bancários perdem 2,65% do poder aquisitivo, devido à inflação.

O dirigente destaca ainda que apenas com as receitas de prestação de serviços e tarifa, que é uma receita secundária dos bancos, cobrem toda a despesa de pessoal acrescidas da PLR, com folga. “É um absurdo que o setor mais lucrativo da economia queira retirar direitos dos seus trabalhadores, que estão na linha de frente desde o início da pandemia, dando o seu melhor para atender centenas de brasileiros. O Sindicato repudia a postura das instituições financeiras e está mobilizando os trabalhadores a não aceitar nenhum direito a menos”, ressaltou.

Mobilização Digital – Desde o início das negociações a categoria tem realizado twitaços e levantado o tema das discursões entre a lista dos assuntos mais comentados do país. Além do twitter, as outras redes sociais também sido fortes aliadas nesta luta.

O que queremos - A categoria quer aumento real de 5%, PLR, vales alimentação, refeição e auxílio-creche/babá maiores, Plano de Cargos e Salários, além de suspensão da terceirização, instauração de uma comissão bipartite para debater mudanças tecnológicas, isenção de tarifas para funcionários, indenização adicional para coibir dispensas imotivadas, regulamentação do trabalho Home Office, entre outros.

“Esta semana será decisiva para nossa Campanha Nacional. Apostamos no processo negocial e esperamos que os bancos apresentem uma proposta global e concreta que atenda nossas reivindicações. Não há justificativa para os bancos empurrarem os bancários para mais uma greve”, frisou Esdras Luciano.

 

Mais informações www.bancarioscg.com.br

 

Fonte: Seeb_CGR

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