São João na pandemia: nordestinos reinventam tradicional festa popular


A festa de São João ser adiada em cidades onde a festa é tradicional traz um sentimento que vira cordel. Desde setembro do ano passado, costureiras, sapateiros, coreógrafos, cenógrafos e aderecistas produzem tudo o que é preciso para fazer a festa, mas agora todo mundo parou.

Em 30 dias de festa, o movimento em Campina Grande chega a R$300 milhões. Público de 1,8 milhão de pessoas e apresentações de 9 mil artistas. Por enquanto, a festa na cidade foi adiada. Segundo a prefeitura, será de 9 de outubro a 8 de novembro, se a pandemia permitir.

A cidade “rival”, Caruaru, teve a festa cancelada. Ainda não há previsão para uma nova data e só acontecerá se tiver condições sanitárias. O mês de festa, normalmente, atrai R$200 milhões para a cidade e cerca de 6 mil empregos diretos. São profissionais desde o gasoseiro, que vende bebida no isopor até o artista nacional que vai à Caruaru que fazer a festa. O foco da cidade agora é tentar garantir o mínimo para quem tira todo o sustento da festa com site de doações e plataforma onde é possível comprar comidas regionais, bolo de milho e outros quitutes.

A tradição das grandes festas é muito forte no Nordeste, mas tem evento no país inteiro. Mas mesmo com os espaços vazios, quem ama muito está dando um jeito de dançar quadrilha e curtir a festa mesmo de longe, respeitando o isolamento social.



G1

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