Maranhão diz ser balela versão de que ele desuniu a oposição em 2018


O senador José Maranhão, presidente do diretório do MDB na Paraíba, negou, hoje, fundamento na versão de que ele teria contribuído para desagregar a oposição na campanha eleitoral de 2018, em que João Azevêdo foi eleito pelo PSB com o decisivo apoio do ex-governador Ricardo Coutinho. Maranhão salientou que, pessoalmente, não teria dificuldade para apoiar a provável candidatura do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) ou a do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) e garantiu que ambos não aceitaram o desafio de concorrer. Especialmente sobre Luciano Cartaxo, o senador frisou que conversou por várias vezes com o alcaide e que este nunca demonstrou interesse em disputar o Palácio da Redenção.

Da mesma forma, o emedebista conta que sondou o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) acerca das suas pretensões, tendo chegado à conclusão de que ele planejava disputar a reeleição, o que aconteceu, colhendo um resultado desfavorável. A chapa da oposição ao esquema do então governador Ricardo Coutinho teve Lucélio Cartaxo, irmão gêmeo de Luciano, na cabeça, e a doutora Micheline Rodrigues, mulher de Romero, como vice, tendo ficado em segundo lugar. Maranhão concorreu de forma praticamente isolada. Azevêdo foi ungido nas urnas tendo como vice a doutora Lígia Feliciano, do PDT, mulher do deputado federal Damião Feliciano.

As declarações do senador reconstituindo episódios da disputa eleitoral estadual do ano passado foram prestadas ao programa “Correio Debate”, da rádio 98 FM, do Sistema Correio de Comunicação. Maranhão considerou “balela” a versão sobre sua suposta postura desagregadora e lembrou que, em relação a Cartaxo, ele fora seu vice na chapa ao governo em 2006, tendo os dois assumido em 2009 por ocasião da cassação do mandato de Cássio, decretada pelo TSE. Na avaliação feita por Maranhão, o “rolo compressor” da máquina estadual, comandada por Ricardo, que optou por permanecer no exercício do governo até o último dia, desequilibrou a disputa e bafejou as pretensões de João Azevêdo.

O senador demonstrou otimismo quanto às chances do MDB nas eleições municipais para prefeito no próximo ano em cidades importantes do Estado, salientando que o partido que ele preside está se reestruturando e atraindo jovens interessados em participar da política. Na Capital, conforme Maranhão, o MDB terá candidato próprio, embora ele não tenha antecipado nomes, o mesmo devendo ocorrer em Campina Grande. O parlamentar não aprofundou considerações sobre a Operação Calvário, que já alcançou ex-auxiliares da gestão de Ricardo Coutinho. Reafirmou confiança, todavia, na recomposição de quadros nas hostes emedebistas e sinalizou que o deputado estadual Raniery Paulino deverá ser o candidato a prefeito de Guarabira, aparentemente com chances frente ao esquema político de Zenóbio Toscano.



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