Conforme os relatos das vítimas à polícia, o dono da casa de câmbio oferecia as moedas internacionais por um preço menor que o de mercado. Após sofrerem o golpe, essas pessoas começaram a conversar entre si e descobriram que já havia sido mais de 150 vítimas enganadas pelo homem, chegando a um prejuízo de cerca de mais de R$ 3 milhões.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Defraudações de Campina Grande, Gerônimo Barreto, o caso está sendo investigado como um crime de estelionato. “O crime é configurado como estelionato porque, a partir do momento em que ele [suspeito] ligou oferecendo moeda internacional a preço menor que do mercado, ele sabia que ia quebrar a empresa e mesmo assim oferecia algo que não iria cumprir com os clientes”, explicou.
Ainda de acordo com o delegado, até esta quinta-feira (22) só existiam três Boletins de Ocorrência na Polícia Civil de Campina Grande sobre o golpe. “Hoje apareceram muito mais pessoas relatando serem vítimas dessa casa de câmbio aqui na cidade e com certeza deve aparecer mais gente ainda. Então a gente vai ouvir todo mundo, ouvir os áudios e mensagens trocados durante as negociações, pra só de fato identificar quais crimes esse homem pode estar enquadrado”, informou.
Em depoimento à TV Paraíba nesta quinta-feira, umas das pessoas que estava na Central de Polícia Civil para formalizar a denúncia em conjunto com outras vítimas, contou que o dono da casa de câmbio recebia o pagamento e prometia entregar as moedas internacionais em um prazo de 15 dias. “Ele [responsável] pegava o nosso dinheiro e prometia entregar as moedas em até 15 dias, às vezes em um ou dois meses depois, mas quando a gente procurava por ele, ele sumia, isso aconteceu com todo mundo aqui”.
Conforme o relato de outra vítima, o dono da casa de câmbio era conhecido e tinha a confiança dos clientes. “Ele pegava o dinheiro do pessoal, prometia fazer a entrega da moeda, ele ganhou a confiança do mercado, a gente confiava nele. Mas aí todo mundo foi relatando a mesma coisa: ele prometia e depois desaparecia”, contou.
G1
0 Comentários