Polícia Federal prende vereador de Campina Grande na segunda fase da Operação Famintos


A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta quinta-feira, a segunda fase da Operação Famintos, que apura fraudes na merenda escolar e em licitações de Campina Grande. Entre os presos dessa nova fase está o vereador de Campina Grande, Renan Maracajá. Ele já havia sido citado durante a primeira fase das investigações.
Renan Maracajá (PSDC) foi eleito vereador em 2016 pela primeira vez, sendo o parlamentar mais votado do município, com 4.977 votos. No início das investigações, a assessoria dele divulgou uma nota negando qualquer envolvimento de Renan no suposto ‘esquema’.  “Ele nega qualquer envolvimento e relação com os acusados, bem como se coloca à disposição da justiça para colaborar com as investigações, acreditando na justiça e que a verdade dos fatos virá à tona”, descreveu a nota.
A segunda fase da Operação
A Segunda fase da Operação Famintos tem a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é combater a prática de crimes de fraude à licitação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção, na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar para alunos da rede municipal de ensino de Campina Grande.
A investigação iniciou-se a partir de representação autuada no MPF relatando a ocorrência de irregularidades em licitações realizadas para a compra de merenda escolar por meio de verbas oriundas do PNAE, mediante a contratação de empresas “de fachada”, o que deu ensejo à primeira fase da Operação.
Considerando as informações e a documentação colhidas na primeira fase da operação, existiu o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros (CGU, MPF e PF), constatando-se que os investigados, além de fraudarem as licitações, promoviam a combinação entre si para a divisão irregular do fornecimento dos gêneros alimentícios para as escolas da rede municipal de ensino de Campina Grande.
Na tentativa de ocultar as transações realizadas entre as empresas contratadas formalmente pelos Conselhos Escolares e os reais fornecedores dos gêneros alimentícios, o grupo investigado utilizava-se de contas bancárias pertencentes a pessoas físicas, para as quais eram repassados os pagamentos recebidos das escolas. Os trabalhos contam com a participação de 04 auditores da CGU e cerca de 60 policiais federais, sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, 05 de prisão temporária e 03 de prisão preventiva.



Jornaldaparaiba

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