Vereador campinense afirma que Energisa é o maior empecilho para que cidade possa receber mais voos no aeroporto João Suassuna



Durante audiência pública realizada, na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), na manhã desta quarta-feira (31), onde foram discutidas as demandas gerais do aeroporto municipal Presidente João Suassuna, o autor da propositura, vereador Alexandre do Sindicato afirmou que atualmente a, empresa de concessão pública, Energisa é o maior empecilho para que a cidade possa receber mais voos durante a noite e, principalmente em períodos chuvosos ou de nevoeiros.

O vereador assegurou que o ILS (sistema de pouso por instrumentos, na sigla em inglês), está instalado e regulamentado no Aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, há mais ou menos cinco anos. Porém, há um impedimento para sua homologação e seu efetivo funcionamento por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), porque há no meio do caminho seis postes de eletrificação que impossibilita seu pleno funcionamento.

Alexandre do Sindicato explicou que a Anac solicitou ao Aeroporto João Suassuna, a retirada desses postes de eletricidade e o aeroporto, por sua vez, vem há anos requerendo à Energisa, mas a empresa alega não poder retirar, porque tem um custo de R$ 10 mil (Dez mil reais). Para o parlamentar, a empresa de Energia Elétrica em Campina Grande descumpre uma Lei municipal, de autoria do vereador, Aldo Cabral, já sancionada pelo prefeito, Romero Rodrigues que obriga a Energisa a retirada de postes colocados de forma irregular.

“O aeroporto João Suassuna não pode determinar o funcionamento do ILS, porque teria que ter todo um processo legal para isso ocorrer. No entanto, o próprio aeroporto quer resolver a situação, mas a Energisa se nega se não receber esse valor. Para a Energisa, não interessa quem vai pagar o custo pela retirada dos postes, ela quer receber o valor, mesmo sabendo que é sua a obrigação”, frisou Alexandre.

O parlamentar justificou que o posicionamento da Energisa é contraditório, uma vez que é de sua obrigação a retirada dos Postes e os seus custos. “Acredito que isso se trata de uma contradição enorme, até porque trata-se de uma empresa que tem uma concessão pública. Portanto, ela não pode se achar no direito de impedir o desenvolvimento da cidade, quando a cidade poderia estar recebendo mais voos, mas isso não ocorre, em virtude desses seis postes irregulares que lá estão, mas ela se nega categoricamente”, destacou Alexandre do Sindicato.

O vereador ressaltou ainda que muitos voos que poderiam chegar em Campina Grande à noite, de madrugada ou durante neblinas e tempos chuvosos, são obrigados a se deslocar para João Pessoa ou Recife, porque mesmo tendo o ILS instalado e regulamentado não foi homologado seu funcionamento em virtude da intransigência da Energisa.

“Então, hoje quem atrapalha o desenvolvimento de Campina Grande é a Energisa porque poderíamos estar recebendo mais voos. O aeroporto que atualmente recebe 17 mil pessoas/mês, com três voos, poderia ser bem maior, mas, muitas vezes, os voos chegam à noite ou de madrugada e é obrigado a se deslocar para João Pessoa ou Recife, mas mais para Recife por não poder posar aqui, por conta da falta de funcionamento desse aparelho que dá condições seguras para que o aeroporto possa operar à noite ou em períodos chuvosos ou até mesmo de nevoeiros em nossa cidade”, pontuou o vereador.

Alexandre explicou que a CMCG vai criar uma Comissão após a audiência pública para ir ao Ministério Público do Patrimônio, solicitar a presença da Energisa, da Prefeitura de Campina Grande e também representantes da Infraero para que o problema possa ser discutido e analisar a possibilidade de intermediação para esse impasse. 

“Volto a dizer, um aparelho que já está aí há quase cinco anos sem poder funcionar por conta desses postes que a Energisa se nega a retirar é simplesmente um absurdo. A Energisa desobedece uma lei municipal, desde a sua efetiva sanção até hoje. A Energisa não tem respeito pela população campinense, não tem respeito a essa Casa e não respeita as leis maiores”, disparou Alexandre do Sindicato.

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