Delegado comenta forma para evitar a lavagem de dinheiro no país e diz que transação de obras de arte é responsável pelo desvio de US$ 10 bi



A utilização indevida de obras de artes para lavagem de dinheiro e alimentar esquemas de corrupções envolvendo políticos e agentes públicos no Brasil, vem preocupando integrantes de órgãos de controles, fiscalização e especialistas da área.

O delegado e coordenador geral de Repressão à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal, Márcio Adriano Anselmo, responsável pela investigação da operação Lava Jato, defende criação de um Cadastro Nacional de Obras de Arte como forma, ao lado de outras medidas, de inibir e dificultar o roubo e as transações ilegais existentes nesse mercado, que conforme estimativas do FBI, tem sido responsável pelo desvio de mais de US$ 10 bilhões de dólares em todo mundo, dos quais mais de R$ 6 bilhões só no Brasil.

O delegado sugeriu também a firmação de acordos de cooperação com os museus para guarda e conservação de obras apreendidas, bem como a promoção, frequente, de exposições dessas obras ao público. Márcio Adriano Anselmo admitiu que a Polícia Federal não dispõe, atualmente, de estrutura, pessoal, local e equipamentos para guardar nas condições adequadas, por exemplo de controle de temperatura, luz e umidade, os acervos apreendidos. Por isso, a maior parte é levada para museus.

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