Pequenos produtores de nove municípios são contemplados com genética caprina da Emepa


O Projeto de Fomento e Transferência de Tecnologias, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba – Emepa-Gestão Unificada, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, vem aumentando o nível de qualificação técnica da caprinocultura leiteira da Paraíba e  apresenta inúmeros benefícios, apontando o melhoramento sustentável deste importante segmento gerador de renda para a economia paraibana.

Denominado de “Qualificação do Arranjo Produtivo Local da Caprinocultura Leiteira no Semiárido Paraibano”, o projeto, que tem o apoio financeiro da Sudene e contrapartida do Governo do Estado, entre as ações realizadas, destaca-se a distribuição de 48 reprodutores caprinos leiteiros integrantes de nove associações de produtores de leite de cabras, selecionados entre os animais nascidos na Estação Experimental de Pendência, em Soledade, no Cariri paraibano.

O projeto contempla 108 produtores que têm apresentado resultados satisfatórios. Os resultados das 1.429 coberturas geraram 1.820 crias, numa relação de 1,27 crias por cabra coberta. Os reprodutores distribuídos com os criadores são das raças Pardo Alpina, Anglo Nubiana, Saanen e British Alpine. Os animais das raças Saanen e British Alpine são descendentes dos embriões importados pelo Governo do Estado da África do Sul, selecionados dos melhores rebanhos caprinos naquele país pela Emepa, que também faz todo o acompanhamento no seu centro de pesquisa e melhoramento genético, em Pendência.

O diretor técnico da Emepa, Manuel Duré, informou que, após a seleção e manejo sanitário, reprodutivo e nutricional até o momento da distribuição, os reprodutores foram conduzidos às nove associações e, posteriormente, disponibilizados aos associados para serem utilizados nas coberturas das cabras integrantes de seu plantel. Lembrou que os pesquisadores da Emepa fazem todo o acompanhamento desde a entrega dos animais até a reprodução das crias.

“Esta ação de qualificação da caprinocultura leiteira tem o diferencial na Paraíba, porque a base genética é permanente, ou seja, não se perde com o tempo, já que ela é ‘incorporada ao patrimônio’ dos animais gerados pelas coberturas e que será posteriormente transmitida às próximas gerações”, explicou o pesquisador Wandrick Hauss de Sousa, responsável pela execução deste projeto.

O programa de distribuição dos reprodutores para realizar as coberturas, paralelamente, incluiu também a distribuição de 1.200 doses de sêmen de reprodutores selecionados das raças Pardo Alpina, Anglo Nubiana, Saanen e British Alpine. Essas doses foram utilizadas nos rebanhos, acrescentando assim a incorporação de genética melhoradora nos rebanhos de caprinos leiteiros da Paraíba.

Conforme Manoel Duré, a contribuição permanente de socializar a genética superior entre os produtores de base produtiva comercial, acompanhada de ações que melhoram de forma sustentável o manejo, são fundamentais para o fortalecimento da caprinocultura leiteira paraibana.

Os municípios beneficiados são Monteiro, Picuí, Cabaceiras, Serra Branca, Sumé, Gurjão, Taperoá, Nova Floresta e Zabelê. A coordenação da Estação Experimental de Pendência é de Leonardo Medeiros, que é acompanhado por uma equipe de pesquisadores.

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