Padre da PB pode ser proibido de rezar missas após falas sobre orixás e Preta Gil

Padre que debochou de orações de Gilberto Gil para Preta pode ser proibido
de rezar missas — Foto: Ale Frata/Código19
via Estadão Conteúdo/Reprodução/Diocese de Campina Grande

 O padre Danilo César, da Paróquia São José em Areial, processado por Gilberto Gil por comentários de intolerância e racismo religioso feitos após a morte da cantora Preta Gil em julho, pode ser proibido de presidir práticas religiosas, caso seja condenado pelo crimes.

Durante uma missa, o religioso debochou das orações aos orixás feitas por Gilberto Gil em favor da filha, questionando o poder das divindades.

“Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê o poder desses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?”, disse o padre.

Gilberto Gil e a família formalizaram a acusação de intolerância e racismo religioso e pedem uma indenização de R$ 370 mil por danos morais.

Especialistas em direito apontam que o padre pode ser enquadrado na Lei Caó (Lei 716/1989), que pune discriminação por religião.

Devido à atualização da lei em 2023, que equiparou racismo e injúria racial, a pena pode ser mais rígida, podendo chegar a cinco anos de reclusão (especialmente se o crime for veiculado em redes sociais).

A família Gil havia notificado extrajudicialmente a Diocese de Campina Grande e o padre, exigindo retratação pública e punição eclesiástica. Como não houve manifestação pública ou formal à família após 15 dias, Gilberto Gil decidiu formalizar o processo.



Estadão

Postar um comentário

0 Comentários