O Ministério Público da Paraíba instaurou um Inquérito Civil Público para investigar denúncias de graves irregularidades envolvendo o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. A investigação, conduzida pela 40ª Promotoria de Justiça de João Pessoa, aponta indícios de que servidores recebiam pagamentos por plantões extras não realizados, além de possíveis falsificações em registros de frequência, com suspeita de conivência da gestão hospitalar.
O caso expõe diretamente a responsabilidade política e administrativa do secretário estadual de Saúde, Ari Reis, que tem sob sua alçada a supervisão do órgão. Especialistas apontam que a suposta negligência na fiscalização e a ausência de mecanismos eficazes de controle podem configurar não apenas má gestão dos recursos públicos, mas também irresponsabilidade administrativa.
A situação ganha contornos ainda mais graves porque envolve verbas que deveriam ser destinadas ao atendimento da população paraibana. Cada plantão pago sem trabalho efetivo significa leitos desassistidos, pacientes sem cuidados e vidas em risco.
Fontes ouvidas na investigação destacam que a repetição de denúncias contra já era conhecida da secretaria, mas não houve medidas contundentes para estancar os desvios. A omissão, segundo juristas, pode configurar ato de improbidade administrativa e até responsabilidade pessoal do gesto.
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