A professora Lidiane Friderichs usou seu perfil no Instagram, na tarde desta quinta-feira (3), para denunciar publicamente a anulação do Edital Nº 27/2025 da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que ofertava vagas para Professor Visitante. A publicação expôs a indignação de 25 profissionais da educação, aprovados no processo seletivo e oficialmente convocados pela instituição, mas que foram surpreendidos com o cancelamento da contratação após já terem abandonado vínculos empregatícios anteriores.
No relato feito nos cards publicados em tom de desabafo, Lidiane afirma ter desistido de uma bolsa de pós-doutorado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e de uma vaga na Universidade Federal de Sergipe (UFS) para assumir o novo cargo na UFCG. “E agora, José?”, questiona em um dos trechos, expressando frustração e insegurança diante do cenário inesperado.
Segundo o que foi divulgado na postagem e confirmado pela própria professora na legenda, os candidatos passaram por um processo seletivo com análise de projeto, currículo e entrevista. Após a homologação do resultado no Diário Oficial da União, todos os 25 docentes foram convocados, realizaram perícia médica, entregaram a documentação exigida e abriram mão de vínculos profissionais anteriores, exigência da dedicação exclusiva prevista para o cargo.
No entanto, após todo o trâmite legal e pessoal já cumprido pelos aprovados, a UFCG emitiu uma Nota Técnica (nº 001/2025) alegando problemas no edital e anulando completamente a seleção, sem que houvesse diálogo prévio ou tentativa de resolver supostas falhas apontadas. A universidade não forneceu qualquer garantia ou solução aos profissionais prejudicados.
“Em uma decisão arbitrária, antiética e completamente alheia ao impacto causado na vida de 25 professores/as e suas famílias, a UFCG escancara o descaso e a irresponsabilidade diante de suas decisões”, escreveu Lidiane em um dos cards.
A concursada aponta que os erros alegados pela instituição deveriam ter sido corrigidos durante ou antes da divulgação do resultado, e não após a convocação formal dos candidatos. A ausência de respaldo ou retratação da UFCG é vista como uma afronta à ética e à seriedade do serviço público.
No texto da legenda, Lidiane reforça a gravidade da situação:
“DENÚNCIA: UFCG anula Edital para Prof. Visitante após convocação dos candidatos aprovados. [...] Após a realização da perícia médica e o encaminhamento de todos os documentos exigidos, a UFCG encaminhou uma Nota Técnica anulando o edital do qual fomos aprovados. E consequentemente deixando 25 professores/as desempregados do dia para a noite.”
O grupo de professores afetados exige uma resposta da universidade e o direito de assumir os cargos para os quais foram aprovados. A repercussão nas redes sociais tem ganhado força e indignação entre docentes, acadêmicos e internautas que acompanham o caso.
Links oficiais citados pela denunciante:
A UFCG ainda não se manifestou oficialmente sobre a denúncia. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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