Homem que matou professor Gilson não trabalha e vivia às custas da vítima


 As investigações sobre o assassinato do professor Gilson Cruz Nunes, de 63 anos, revelam cada vez mais detalhes perturbadores sobre a vida do autor confesso do crime, Tércio Alves da Silva (fotos), de 29 anos. Além de matar o companheiro e tentar simular seu desaparecimento, Tércio levava uma vida de conforto e lazer financiada pela própria vítima.

Imagens obtidas pela reportagem mostram o acusado ao lado do professor em diversas viagens e passeios. Segundo pessoas próximas, Tércio não exercia nenhuma atividade profissional, mas mantinha uma rotina tranquila, com viagens e momentos de lazer frequentes — sustentado financeiramente por Gilson.

No boletim de ocorrência falso registrado por Tércio, ele afirma que os dois mantinham uma união estável há oito anos. No entanto, essa versão é contestada pela família do professor. Parentes de Gilson relatam que o relacionamento com o acusado era recente e teria começado há pouco mais de um ano. Para os familiares, a afirmação de uma união longa soa como mais uma tentativa de criar uma falsa narrativa — assim como a história do desaparecimento na praia, também desmontada pela polícia.

Tércio está preso após confessar ter matado Gilson com um golpe de faca em Campina Grande, no último dia 4. Depois do crime, enterrou e concretou o corpo em uma propriedade rural em Massaranduba e foi até a delegacia registrar o desaparecimento da vítima, usando inclusive o histórico de depressão do professor para justificar a suposta tragédia.

O caso agora levanta questionamentos sobre possíveis motivações econômicas por trás do crime e sobre a relação abusiva que pode ter se instaurado no convívio entre os dois. O acusado responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.






Blog de Márcio Rangel

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