Censo 2010/2022: o contraste entre as gestões de Campina Grande e João Pessoa no enfrentamento das favelas



Os dados do Censo Demográfico de 2010, divulgados naquele ano, e de 2022, divulgados nesta sexta-feira, 8, revelam um contraste significativo entre as gestões de Campina Grande e João Pessoa, no enfrentamento das favelas, de forma proporcional. Enquanto a Capital paraibana, com grandes investimentos do governo estadual, enfrenta um aumento no percentual de moradores em aglomerados subnormais, a Rainha da Borborema, com recursos mais limitados, conseguiu controlar e até reduzir esse crescimento, destacando-se pela eficácia de suas gestões no combate à pobreza urbana.

Em 2010, João Pessoa registrava 12,6% de sua população vivendo em favelas, o que representava cerca de 91.351 pessoas. Em 2022, esse percentual aumentou para 13,23% representando 110.368 pessoas, um incremento de 0,63% (19.017 pessoas). Esse aumento, apesar dos elevados investimentos estaduais, reflete a dificuldade da gestão em reverter o quadro. Embora João Pessoa ainda apresente o melhor índice entre as capitais nordestinas, a situação continua a ser preocupante, uma vez que apresenta o índice maior que o nacional.

Por outro lado, Campina Grande, com recursos mais limitados, tinha 7,46% de sua população em favelas em 2010. Em 2022, com um aumento de 9% na população, a cidade conseguiu reduzir para 6,5%, mantendo o número de favelas abaixo, inclusive, da média nacional (8,1%) e apresentando uma redução de quase 1% em relação a 2010.

Esse progresso deve-se a administrações voltadas para infraestrutura e iniciativas de inclusão social. Um dos marcos dessa redução ocorreu durante a gestão do ex-prefeito Romero Rodrigues, que, ao construir o maior conjunto habitacional em execução no Brasil à época, o Complexo Aluízio Campos, foi fundamental para a erradicação de várias favelas, oferecendo moradia digna a milhares de famílias e contribuindo diretamente para a diminuição dos aglomerados subnormais.

Esse contraste entre as duas cidades destaca como as gestões de Campina Grande, mesmo com recursos limitados, conseguiram implementar políticas públicas eficazes e adaptadas à realidade local. Enquanto isso, João Pessoa, apesar dos substanciais investimentos financeiros do governo estadual, não conseguiu controlar o crescimento das favelas.


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