Ricardo ignora condenação no TSE, diz que vai disputar Senado e promete que “chegou a hora da desmoralização fatal e final” da Calvário


O ex-governador da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho (PSB), que virou réu em mais uma ação da Operação Calvário, referente a uma denúncia criminal do Ministério Público da Paraíba (MPPB)  que o acusa de se beneficiar politicamente e favorecer aliados com o pagamento bilionário de servidores com vínculos precários que recebiam salários através do CPF, os chamados ‘codificados’, disse, em visita ao sertão, que está em pré-campanha ao Senado da República, mesmo inelegível pelo TSE, e que “chegou a hora da desmoralização fatal e final” da Operação Calvário.

Em tom acre, em entrevista na Rádio Progresso FM, de Sousa, nesta segunda-feira (19), Coutinho detonou o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que coordena a força tarefa da operação pelo Ministério Público Estadual (MPE), e comentou a mais nova denúncia, aceita pela juíza Gianne de Carvalho Teotônio Marinho, da 2ª Vara Criminal da Capital, que envolvia o uso dos chamados funcionários “codificados” em troca de apoio político, “eis que chegou a hora da desmoralização fatal e final dessa turma”, e terceirizou a culpa até nos ex-governadores Cássio Cunha Lima e José Maranhão, este já falecido.

“Em janeiro de 2011 quando cheguei ao Governo, eram 11.885 prestadores. Reduzi esse número para 8.500 prestadores. Mais de 3 mil amenos. E eu sou acusado de contratar servidores. Porque a denúncia não cai sobre quem contratou e contratou muito, a exemplo de Cássio, de Maranhão, do atual que aumentou a folha em mais de 7 mil prestadores? Fica a pergunta”, e complementou dizendo, “Mas não fiquem pensando que eu acho ruim isso não. Eis ai uma oportunidade de provar que a denúncia não existe. Aliás, tem alguns representantes do MP que se acham no direito de fazer política contra mim”, apontou.

Coutinho prometeu que o seu partido, o PSB, será protagonista, citou os deputados Estela Bezerra, Cida Ramos e Jeová Campos, como postulantes a cargos eletivos com condições de disputar e vencer o pleito que se avizinha, mas não citou o único deputado federal da legenda, Gervásio Maia.


Tanaárea

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