'Não estou doente e continuo até quando o presidente quiser', diz Pazuello ao negar pedido de demissão

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, contestou há pouco as informações de que tenha pedido demissão por estar com problemas de saúde. Em resposta encaminhada em primeira mão ao blog, o ministro declara: "Não estou doente! Continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo. A minha missão é salvar vidas". A frase foi ditada pelo ministro, palavra por palavra, para ser encaminhada à imprensa. 

Pazuello ainda acrescentou: "pode ter uma substituição? Pode. O cargo é do presidente. Assim como o de qualquer ministro", disse. "Mas até o presente momento, segue a vida normal", declarou.

Nesta segunda-feira (14), está prevista uma entrevista coletiva de Pazuello, às 16h, para um balanço da pandemia, com foco em Acre e Rondônia. 

A movimentação no Palácio da Alvorada, no entanto, segue intensa e há pouco, o governo confirmou oficialmente que o presidente Bolsonaro recebeu para uma conversa a médica cardiologista Ludhmilla Abrahão Hajji, cotada para a pasta da Saúde. O blog apurou que o líder do governo na Câmara e ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP/PR) é uma das opções para o cargo. 

No sábado à noite, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se reuniu com ministros da ala militar do governo no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército, onde mora Pazuello.

Além do ministro da Saúde, participaram da conversa os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Braga Netto, da Casa Civil, e Fernando Azevedo, da Defesa. Todos são generais do Exército da reserva, à exceção de Pazuello, que permanece no serviço ativo.

A reunião ocorreu de última hora e não constava na agenda do presidente e dos ministros. Eles deixaram o local sem dar declarações à imprensa.

Apesar de os ministros palacianos garantirem nos bastidores que o presidente apoia a permanência de Pazuello, aumenta a cada dia a pressão política pela troca.

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