Justiça marca para 27 de maio interrogatório de Lula sobre compra de caças suecos



Caso tramita na Justiça Federal de Brasília; depoimento já foi adiado duas vezes. Denúncia diz que Lula agiu como ex-presidente no governo Dilma para favorecer empresas; político nega.

A Justiça Federal em Brasília marcou para o dia 27 de maio o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo da Operação Zelotes que apura irregularidades na compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff.

Lula é réu no processo, junto com um dos filhos, pelos supostos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-presidente nega as acusações.

O despacho do juiz federal substituto da 10ª Vara Federal de Brasília, Frederico Botelho de Barros Viana, também define datas para o depoimento dos demais réus do processo: Mauro Marcondes (25 de maio), Cristina Mautoni (26 de maio) e Luís Claudio Lula da Silva (28 de maio).

O juiz autorizou a realização das audiências por videoconferência ou de forma presencial, adotando as medidas de segurança de combate ao Covid-19.

O interrogatório do ex-presidente já foi marcado em duas oportunidades, em 2018 e 2019. Em ambos os casos, a audiência foi adiada para coleta de mais provas.

O caso dos caças

A denúncia do Ministério Público Federal, que deu origem à ação penal aberta em 2016 pela Justiça, é resultado de investigações sobre a compra pelo governo federal de 36 caças suecos. Também foi investigada a aprovação no Congresso de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras.

De acordo com o MPF, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015 – quando Lula, como ex-presidente, teria participado de um esquema para beneficiar empresas junto ao governo Dilma.

O ex-presidente sempre negou as acusações e disse que jamais interferiu na aprovação de medidas provisórias ou mesmo no processo de escolha e compra dos caças pelo Brasil.

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