Advogado preso por abusar de crianças pagava aos pais para cometer crime em MS, diz polícia



Um advogado de 44 anos foi preso em flagrante na noite desta terça-feira (24), suspeito de abusar de duas crianças e uma adolescente, em Anastácio, a 140 quilômetros de Campo Grande. Segundo a delegada Joilce Ramos Silveira, responsável pelas investigações, os pais e mais quatro avós das menores tinham consentimento e ainda recebiam dinheiro para permitir o homem a cometer os crimes sexuais. Todos estão presos.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) informou que está ciente do crime e em breve irá se posicionar por meio de nota.

Conforme a delegada, após ser detido, o advogado foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM). Ele confessou que saia com as meninas de 11, 12 e 15 anos há cerca de 2 meses, mas, em depoimento, o avô das menores relatou que os encontros começaram há 2 anos.

Quatro avós e os pais das menores vão responder pelo crime de submeter criança e adolescente à prostituição com agravante de pena por serem responsáveis. Segundo a delegada, todos eram beneficiados com os abusos sexuais.De acordo com Joilce, as investigações que se iniciaram há 6 meses, conseguiu em uma quinta tentativa flagrar o momento em que o advogado, de carro, seguia até a casa das menores.

A própria delegada foi até o local e notou que o advogado ficou na residência por cerca de 20 minutos. Momento que pediu apoio à policiais civis e militares.

Segundo a polícia, após pegar as três meninas, em Aquidauana, município vizinho a Anastácio, eles saíram de carro e a própria delegada começou a segui-los. Uma barreira foi montada em uma das pontes que separa as duas cidades. Neste momento, ao notar a presença dos policiais, o homem tentou fugir, mas foi detido. Dentro do carro estavam as menores.

Ainda de acordo com a delegada, após o flagrante, ela foi até a casa da família. Ela constatou que os pais e os avós das vítimas recebiam várias benefícios do advogado como dinheiro, pagamento de contas e presentes.

Mesmo com todas evidências do crime, a delegada informou que as meninas negaram que foram abusadas. O advogado vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável, submeter criança e adolescente à prostituição e também por dirigir embriago.



G1

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