Dólar cai a R$ 5,32, mas amarga maior alta semanal desde maio

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O dólar fechou em firme queda ante o real nesta sexta-feira (19), com investidores aproveitando o declínio da moeda no exterior para realizar lucros depois de um rali da cotação ao longo desta semana.

Na sessão, a moeda norte-americana caiu 0,99%, a R$ 5,3182 após oscilar entre alta de 0,21%, a R$ 5,3830, e queda de 1,54%, para R$ 5,2887.

Na semana, a divisa subiu 5,41%, maior alta desde a semana finda em 8 de maio (+5,56%), em meio a um noticiário político local ainda tenso. Até a véspera, o ganho era ainda mais forte, de 6,46% em apenas quatro sessões. Em junho, o dólar cai 0,42%. Em 2020, salta 32,53%.

O Bank of America revisou recentemente a projeção para o dólar no fim do ano de R$ 5,85 para R$ 5,40, citando justamente a política monetária "extremamente expansiva" nos EUA e na Europa. Mas analistas do banco ponderam que a decisão de juros do Banco Central dos Estados Unidos provavelmente marcou o fim do rali de ativos de risco, com expectativas de que as moedas comecem a refletir maior prêmio de risco em linha com a deterioração dos fundamentos.

Para Roberto Serra, gestor sênior na Absolute Investimentos, o movimento do real nesta semana mostra que as forças de depreciação para a divisa brasileira ainda estão presentes. "Vejo o real em tendência de piora, seja pela curva de juros, pela situação do Brasil como um todo, seja pelo fiscal", afirmou. 

No cenário político, a semana foi marcada por uma série de episódios desgastantes para o governo Jair Bolsonaro, incluindo a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Flávio Bolsonaro, a validação do inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal e a saída do governo do controverso ministro da Educação, Abraham Weintraub



R7

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