Mais 8,3 milhões vão receber o auxílio emergencial

O governo federal informou nesta sexta-feira (15/05) que mais 8,3 milhões de brasileiros foram aprovados para receber o auxílio emergencial de R$ 600. Esses trabalhadores vão receber a primeira parcela do benefício a partir da próxima terça-feira (19), através de um cronograma de pagamentos que vai até o próximo dia 29. Com isso, o número de contemplados pelo auxílio emergencial vai chegar a 59 milhões de pessoas.

"São 59 milhões de brasileiros que vão receber o auxílio emergencial", afirmou o ministro Onyx Lorenzoni, lembrando que até agora 50,4 milhões de brasileiros já receberam a primeira parcela dos R$ 600 e mais 405 mil terão o recurso depositado na noite desta sexta-feira. "Mais 8,3 milhões de pessoas foram aprovadas. A partir da semana que vem começaremos o pagamento, são mais R$ 5 bilhões", acrescentou o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto.

Os 8,3 milhões de brasileiros que receberão a primeira parcela dos R$ 600 a partir da próxima semana pediram o benefício no aplicativo do auxílio emergencial ainda no mês de abril. Mas só tiveram a análise cadastral concluída nesta sexta-feira. Segundo a Dataprev, que é a responsável pela análise cadastral dos dados recebidos pelo aplicativo, 14,7 milhões de cadastros foram analisados nesta semana. Os outros 6,4 milhões de trabalhadores analisados nesse grupo, contudo, não foram considerados elegíveis para receber o auxílio.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, os brasileiros que estavam esperando uma resposta do governo para saber se terão acesso aos R$ 600 durante a pandemia poderão consultar o resultado da sua análise no aplicativo do auxílio emergencial a partir da noite desta sexta-feira. A Caixa ainda prometeu resolver uma queixa antiga desses brasileiros: explicar o motivo que levou à rejeição do cadastro desses 6,4 milhões de brasileiros.

"As pessoas que não tiveram o cadastro aprovado terão a informação no aplicativo. Teremos agora a explicação mais objetivo de por que não foi aceito. São seis explicações que ajudam em um eventual recadastramento, porque as pessoas vão poder identificar onde houve problema no cadastro", garantiu Guimarães, lembrando que um dos motivos que leva à negativa do cadastro é o fato de o brasileiro ter declarado uma renda superior a R$ 28 mil no ano passado.

Outros 5,7 milhões de brasileiros, contudo, ainda não poderão saber se terão acesso ao auxílio emergencial nesta sexta-feira. São os trabalhadores que se cadastraram no aplicativo depois do dia 30 de abril e ainda terão o cadastro avaliado pela Dataprev. Presidente da Dataprev, Gustavo Canuto não deu um prazo para a conclusão da análise de mais esse grupo de trabalhadores. 

Canuto, contudo, pediu compreensão, dizendo que o governo precisa de um tempo para poder fazer uma análise segura de todos esses cadastros já que os dados informados pelos trabalhadores são confirmados em diversas bases de dados do governo para que o Executivo tenha certeza de que elas se encaixam nos critérios do auxílio emergencial. "O tempo necessário para não ter erro algum não é compatível com a necessidade e a urgência que a situação exige", admitiu.

O presidente da Dataprev ainda usou isso como argumento para tentar justificar eventuais falhas na análise cadastral e na concessão do auxílio emergencial. Ele não citou exemplos dessas falhas, mas recentemente, como antecipou o Correio, o governo admitiu que pouco mais de 73 mil militares receberam os R$ 600 de forma irregular. "Pequenas falhas e pequenos erros são esperados quando se faz um processamento de milhões de registros, batendo esses dados em bilhões de bases, algumas geridas por décadas. As falhas que podem existir nas bases de dados, algumas inconsistências não devem ser atribuídas a um governo que está trabalhando há pouco mais de um ano com essas bases", afirmou Canuto, dizendo que o governo está aproveitando esse trabalho para atualizar todas essas bases de dados.

Sobre as queixas de trabalhadores que estão desempregados, mas ainda aparecem como trabalhadores formais nas bases de dados do governo; Canuto ainda argumentou que "não é possível que as bases do governo reflitam instantaneamente a situação de cada um dos brasileiros". "Por isso existe a condição de rever os resultados, pelas dificuldades intrínsecas a um processamento em bloco de milhões de registros", afirmou.

Ele garantiu, por sua vez, que toda a Dataprev está empenhada em concluir esse trabalho da melhor maneira e da forma mais rápida possível.

Veja os dias de pagamento desses 8,3 milhões de brasileiros:

Primeira parcela:

19 de maio (terça-feira): nascidos em janeiro
20 de maio (quarta-feira): nascidos em fevereiro
21 de maio (quinta-feira): nascidos em março
22 de maio (sexta-feira): nascidos em abril
23 de maio (sábado): nascidos em maio, junho e julho
25 de maio (segunda-feira): nascidos em agosto
26 de maio (terça-feira): nascidos em setembro
27 de maio (quarta-feira): nascidos em outubro
28 de maio (quinta-feira): nascidos em novembro
29 de maio (sexta-feira): nascidos em dezembro

Segundo a Caixa Econômica Federal, nessas datas os trabalhadores terão os R$ 600 depositados nas suas contas bancárias e também poderão fazer o saque em espécie do benefício nas agências do banco ou nas casas lotéricas.

Segunda parcela

Os brasileiros que vão receber a primeira parcela do auxílio emergencial segundo esse calendário não vão receber a segunda parcela dos R$ 600 no calendário que foi anunciado nesta sexta-feira pelo governo federal. A Caixa alegou que o pagamento das duas parcelas de uma única vez para esses trabalhadores causaria confusão nas agências. Por isso, prometeu apresentar em breve um novo calendário referente à segunda parcela desse grupo de brasileiros. 

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