Lockdown é caminho para o fracasso, diz Bolsonaro a governadores




O presidente Jair Bolsonaro fez um novo e forte apelo a governadores e prefeitos nesta quinta-feira para que reavaliem as medidas de restrição adotadas nos Estados por causa da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro criticou os governos locais, mas também disse estar pronto para conversar. O presidente condenou o “lockdown” e disse que “o Brasil está se tornando um País de pobres”; falou, ainda, que, com as medidas de isolamento social, o País vai chegar ao caos.

“Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui. Essa história de lockdown, vão fechar tudo, não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil”, declarou. O presidente sugeriu aos governadores e prefeitos que adotaram a “onda” de fechamento que “se desculpem e façam a coisa certa”.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro se posicionou contra as medidas de restrição total e tem defendido um isolamento restrito apenas a grupos de risco da doença. Nos últimos dias, o mandatário assinou decretos para ampliar as atividades essenciais que podem funcionar durante a quarentena, entre elas a reabertura de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

“Os informais são 38 milhões, já perderam quase tudo. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), os informais da América Latina já perderam 80% do poder aquisitivo”, argumentou. “Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. E ainda tem servidor, alguns, achando que há possibilidade de ter aumento esse ano ou ano que vem. Não tem cabimento, não tem dinheiro”, disse.

O presidente afirmou ainda que o País está “quebrando” e que a economia “não (se) recupera”. Bolsonaro também cobrou “coragem” para enfrentar o vírus. “Está morrendo? Tá. Lamento, lamento, lamento, mas vai morrer muito, mas muito mais, se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas”. “Tem que reabrir. Nós vamos morrer de fome. A fome mata”, acrescentou. 

Bolsonaro se disse ainda disposto a conversar com os governadores. “Então, pessoal, é um apelo que eu faço aos governadores, revejam essa política. Eu estou pronto para conversar”.

Postar um comentário

0 Comentários