Preso por roubo de testes para Covid-19 promovia 'laços de amizade' entre Brasil e China


Um dos chineses presos no último sábado (11) pelo roubo de testes rápidos da Covid-19 em São Paulo é Marcos Zheng, vice-presidente da Associação Chinesa do Brasil, informa o Estadão.

Também foram presos seus guarda-costas: um policial militar e um sargento da reserva do Exército. Com eles, foram encontrados um fuzil e uma carabina. Zheng afirmou à polícia que precisa de proteção, porque já passou cinco dias em um cativeiro, foi roubado e escapou de emboscadas a tiros.

Zheng prestou depoimento à Polícia Civil de SP após ser preso. Ele afirmou que promovia “laços de amizade” entre o Brasil e a China, tendo intermediado encontros de empresários chineses com o governo de São Paulo e outros políticos. Disse também que fez a ligação entre a Saúde do governo João Doria com hospitais de Wuhan, para troca de informações sobre o novo coronavírus.

Em 2017, Zheng participou de encontro entre os presidentes do Bank of China e o então governador de SP, Geraldo Alckmin. Na reunião, registrada no site do governo do estado, ele disse que queria “estreitar os laços entre nossos povos em todos os âmbitos”.
Os testes foram roubado na semana passada, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ao todo, 15 caixas de papelão, cada uma com mil testes, foram esvaziadas.

Os milhares de testes roubados foram encontrados em um imóvel de Zheng, onde também funciona a Associação de Xangai no Brasil, presidida por ele. Apesar disso, o chinês negou a autoria do roubo e disse nunca ter lidado com material de higiene, que seu negócio era com equipamentos de som.


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