Deu positivo para coronavírus como uma das causas da morte do arcebispo emérito da Paraíba, dom Aldo Pagotto


Deu positivo para o novo coronavírus como uma das causas da morte do arcebispo emérito da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, que faleceu nessa terça-feira (14) na UTI de um hospital particular de Fortaleza (CE), após o agravamento de uma crise de insuficiência respiratória.  A informação foi confirmada pela assessoria da Arquidiocese do estado do Ceará.
Após o resultado do exame, o corpo de Dom Aldo foi liberado e levado imediatamente para o mausoléu localizado na Igreja Santuário de São Benedito, em Fortaleza. O procedimento seguiu as determinações das autoridades públicas sanitárias e de saúde, de acordo com a assessoria da Arquidiocese.
O corpo de Dom Aldo ficará enterrado no local até que possa ser transferido para a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa.
Em nota, a Unimed Fortaleza informou que Dom Aldo foi internado devido a um quadro de pneumonia no hospital no dia 1° de abril e morreu nesta terça-feira (14), às 14h, em decorrência de infecção respiratória.
Segundo a Arquidiocese de Fortaleza, Dom Aldo enfrentava um tratamento contra um câncer e na noite de segunda-feira (13) apresentou dificuldade respiratória, sendo entubado e transferido para a UTI.
Dom Aldo morreu aos 70 anos, em Fortaleza, onde viveu desde que renunciou o cargo de arcebispo e exercia o ministério no Santuário São Benedito, no centro da capital cearense.
Dom Aldo era natural de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. Foi ordenado presbítero em 1977 e bispo em 1997, no Ceará. Esteve na Diocese de Sobral até 2004, quando veio para a Paraíba. Ele esteve à frente da Igreja Católica na região de João Pessoa por 12 anos, e deixou o cargo em 2016 alegando motivos de saúde.
“Tentei doar o melhor de mim mesmo, não obstante as sérias limitações de saúde, ademais das repercussões no equilíbrio emocional, causadas pela constante necessidade de superar conflitos inevitáveis, advindos de reações ao meu modo de ser e de agir”, disse Dom Aldo em carta enviada ao Vaticano.
A situação de saúde de dom Aldo Pagotto não era animadora.  Exames realizados nos últimos dias constataram que o mesmo tinha  linfoma com nódulos no fígado e no pulmão, que o mesmo havia submetido a  duas sessões de quimioterapia.   Foram realizados também os procedimentos indicados no caso e administração de plaquetas.
Quadro de saúde
Antes de dom Aldo falecer, o padre Anízio Ferreira, superior local dos Sacramentinos, tinha informado que o bispo havia tido um “derrame pulmonar”. Como a situação se agravou, os médicos resolveram entubá-lo. Na segunda-feira, 13, ele “apresentou dificuldade respiratória e por este motivo foi entubado e transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI). No momento, com forte suspeita de Covid-19”, avisava a nota assinada pelos padres Anízio e Marcelo.
Em meio à pandemia, dom Aldo fazia parte de grupos de pessoas vulneráveis ao coronavírus. Além de ser septuagenário, havia tido câncer na próstata. Em seguida no intestino grosso e, por último, no fígado e pulmão. Ano passado, e Dom Aldo havia feito um transplante de medula óssea. “Ele é um grande guerreiro, um grande missionário”, opinou o padre Anízio minutos antes do padecimento do bispo.

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