COVID-19: PORTAS QUE SE FECHAM



Quando um estabelecimento encerra suas atividades, não é só uma opção à menos que se tem. Acaba o sonho do proprietário, o emprego da equipe, o local de encontro, o barulho cotidiano do expediente do dia. Poucas coisas são tão tristes quanto um lugar abandonado ao silêncio.

O quadro que se aproxima é temerário e já começa a se mostrar. Hoje fiquei triste com o fechamento do La Cuisine.

Receio que essa cena se repita com mais frequência nesses próximos meses, dada a falta de competência que os governos tem tido no enfrentamento da pandemia, sem um cronograma lógico e sem dados concretos.

Para governadores e prefeitos, acabam os impostos - isso deveria servir como fator de "comoção" já que o desemprego e a fome não parecem levar esses senhores a traçar estratégias eficazes, talvez porque sejam tão comuns.

Sem atividades comerciais, industriais e de serviços, não temos nada, nem dignidade, porque se falta ao Homem meios de prover seu sustento e de sua família, tudo lhe foi tirado. 

Entendo que se devem adotar medidas de precaução e isolamento dos grupos de risco, mas cortar as duas pernas de um paciente que as fraturou, não me parece a melhor forma de fazê-lo andar. Isolamento vertical, testes preventivos, uso de EPI´s e de medicamentos (cloroquina, corticóides e demais remédios de acordo com o caso concreto, que são experimentais sim, mas é o que temos). A política do "Fique em casa todo mundo" pra quem precisa se virar para ter o sustento diário, não tem dinheiro na poupança, nem comida na mesa ou sequer um teto, é ideia impraticável de esquerdista alienado. Por fim, prender cidadãos que estão tentando vender banana ou caminhando sozinhos em praças não é medida de segurança sanitária, é estado de sítio. 

Sammara Aguiar

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