''Sou médico, não juiz'', diz Drauzio sobre presa trans que matou criança


O médico Drauzio Varella se manifestou, neste domingo (8/3), sobre o caso de uma prisioneira transexual que foi retratada em uma reportagem produzida por ele no programa Fantástico, da TV Globo. De acordo com o profissional, no momento da entrevista com Suzy Oliveira, ele não perguntou qual crime ela havia cometido.

Suzy está presa na Penitenciária I José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo, por estupro e homicídio de um menino de 9 anos, ocorrido em 2010. Na reportagem, Drauzio mostrou preconceito, abandono e a solidão de presas transexuais que estão alocadas em unidades prisionais masculinos.

Ao entrevistar Suzy, ela contou que estava no local há oito anos, sem receber visitas. "Muita solidão, não é minha filha", respondeu o médico, seguido de um abraço na detenta.

A reportagem causou comoção e a interna chegou a receber 324 cartas e presentes, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária. No entanto, após uma rede de advogados publicar em uma página da internet o motivo da detenção, houve reação, com polêmica e revolta na internet.

De acordo com o processo contra Suzy, ela estuprou e matou, por estrangulamento Fábio dos Santos Lemos. A criança foi encontrada morta a 20 metros de casa, com o corpo já em decomposição. Drauzio foi alvo de críticas que questionavam se ele sabia do crime quando decidiu retratar a história da detenta.






Correio Braziliense

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