Remédio contra malária é esperança em tratamento de novo coronavírus



emédios utilizados há anos no tratamento de prevenção e combate à malária podem ser a esperança na luta contra o novo coronavírus, responsável por causar a doença covid-19.
Diversos estudos científicos ao redor do mundo indicam a possibilidade de medicamentos como a hidroxicloroquina, cloroquina e remdesiver serem administrados de forma eficaz em pacientes infectados com o vírus. Há, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 200 mil pessoas contaminadas em todo o planeta.
A hidroxicloroquina, usada no tratamento da malária desde os anos 1930, tem apresentado os resultados mais promissores contra o SARS-CoV-2. A substância, de acordo com informações do Ministério da Saúde, também é adotada em protocolos de doenças como artrite reumatóide, lúpus e porfiria cutânea tarda.
Nesta quinta-feira (19), o mundo voltou as atenções ao grupo de medicamentos após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que o governo norte-americano trabalha para aprovar em tempo recorde o uso da droga em pacientes diagnosticados com a covid-19. O comunicado aconteceu durante entrevista coletiva na Casa Branca, em Washington.
Hidroxicloroquina
Medicamento é utilizado há 90 anos no tratamento contra malária

Medicamento é utilizado há 90 anos no tratamento contra malária

Freepik
O sulfato de hidroxicloroquina, também conhecido apenas por hidroxicloroquina, é um medicamento essencialmente “antiartrítico”, que vem sendo utilizado na prevenção da malária — doença grave causada por um parasita e transmitida por meio da picada de mosquito infectado —, há cerca de 90 anos. O medicamento também é adotado no tratamento de quem está doente.
Estudos anteriores a pandemia do SARS-CoV-2 já indicavam que o medicamento era eficaz contra a Sars (síndrome respiratória aguda grave), doença que atingiu a China em 2002 e que pertence ao grupo de coronavírus. A substância chegou a ser substituída de alguns protocolos médicos porque o protozoário parasita plasmodium falciparum, causador da malária, tornou-se resistente à sua ação.

A hidroxicloroquina é uma droga que regula a resposta do sistema imunológico do corpo diante de uma infecção ou inflamação, sendo usada especialmente para o tratamento de malária, mas também de outras doenças autoimunes como lúpus e artrite severa.
Pesquisadores chineses publicaram um estudo na revista Nature, na quarta-feira (18), que mostrou que a droga foi capaz de “inibir a infecção” provocada pelo novo coronavírus. O procedimento foi realizado por meio de simulação in vitro.
Na França, o Instituto Mediterrâneo de Infecção de Merselha divulgou um estudo com o medicamento, que foi administrado de forma associada a um antibiótico conhecido como azitromicina, e que apresentou “desempenho positivo” em pacientes com infecções pulmonares.
Uma terceira pesquisa, citada por Donald Trump, nesta quinta, que tem entre os responsáveis o orientador Gregory Rigano, do centro de estudos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, vem tentando entender os efeitos da substância no organismo de seres humanos. Para o experimento, eles observaram dois grupos, um que recebeu a hidroxicloroquina e outro que não. O primeiro apresentou resultado eficaz contra as complicações provocadas pelo vírus.
A adoção do remédio, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelas autoridades de saúde norte-americanas. Trump, inclusive, chegou a cobrar que a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) agilize os processo para acelerar o desenvolvimento de tratamentos contra o novo vírus.
Guia básico com informações sobre o novo coronavírus

Arte R7

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